Por que os homens não podem fazer estas coisas se a lei que as
proíbem foi abolida? Nenhuma mensagem da Terra ou do Céu pode impressionar
fortemente os intemperantes e licenciosos que estão iludidos com a teoria de
que a lei dos Dez Mandamentos foi abolida. Muitos professos ministros de Cristo
exortam o povo a uma vida de santidade, enquanto eles mesmos se submetem ao
poder do apetite e da poluição do fumo. Estes ensinadores que estão liderando o
povo no menosprezo da lei física e moral terão um relato pavoroso a enfrentar
no futuro.
Saúde, verdade e felicidade não podem ser adquiridas sem um
conhecimento inteligente, completa obediência à lei de Deus e perfeita fé em
Jesus Cristo. O Senhor não tem nenhum outro meio para alcançar o coração
humano. Muitos professos cristãos reconhecem que pelo uso do fumo estão
condescendendo com um hábito dispendioso, prejudicial e nojento. Desculpam-se,
porém, dizendo que é um hábito formado e que não podem vencê-lo. Ao reconhecer
isto, estão prestando homenagem a Satanás, dizendo por suas ações, se não em
palavras, que, ainda que Deus seja poderoso, Satanás tem grande poder. Por
profissão eles dizem que são servos de Jesus Cristo ao passo que suas obras
dizem que eles se submetem ao controle de Satanás, porque isto lhes é menos
inconveniente. É isto vencer como Cristo fez? Ou é ser vencido pela tentação? A
desculpa acima é instigada por pessoas que estão no ministério, que professam
ser embaixadores de Cristo.
Muitas são as tentações e
assaltos de todos os lados para arruinar as esperanças dos jovens, tanto no
tocante a este mundo quanto para o por vir. Todavia, a única senda segura para
o jovem e o idoso é viver em estrita conformidade com os princípios da lei
física e moral. O caminho da obediência é o único que leva ao Céu. Os viciados
no álcool e fumo, às vezes, dariam qualquer soma de dinheiro, se pudessem
vencer o apetite pela condescendência que destrói o corpo e a alma. Aqueles que
não subjugam os apetites e as paixões ao controle da razão, serão
condescendentes às expensas das obrigações morais e físicas.
As vítimas de um apetite depravado, apegadas às contínuas
tentações de Satanás, procurarão condescendência à custa da saúde e mesmo da
vida, tendo de comparecer ao tribunal de Deus como suicidas. Muitos se
permitiram ser dominados pelo hábito por tão longo tempo que se tornaram
escravos do apetite. Não têm coragem moral para resignar-se e suportar o
sofrimento por algum tempo através da restrição e negação do paladar, a fim de
vencer o vício. Esta classe recusa vencer como fez o seu Redentor. Não suportou
Cristo, no deserto, sofrimento físico e a angústia mental em favor do homem?
Muitos permitiram por tanto
tempo que o apetite e o gosto controlassem a razão, que não têm poder moral
para perseverar na resignação própria, e suportar por algum tempo, até que a
natureza maltratada possa começar a trabalhar e estabelecer um sadio sistema de
ação. Muitos que têm o gosto pervertido recuam ante o pensamento de restringir
seu regime e continuam com as suas condescendências doentias. Não estão
dispostos a vencer como fez seu Redentor.
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