O apóstolo se encaminhou de
pronto à casa onde seus irmãos estavam reunidos para orar, e achou-os naquele
momento empenhados em fervorosa prece em seu favor. "E, batendo Pedro à
porta do pátio, uma menina chamada Rode saiu a escutar: e, conhecendo a voz de
Pedro, de gozo não abriu a porta, mas, correndo para dentro,
anunciou que Pedro estava à porta. E disseram-lhe: Estás fora de ti. Mas ela
afirmava que assim era. E diziam. É o seu anjo. Mas Pedro perseverava em bater,
e, quando abriram, viram-no, e se espantaram. E, acenando-lhes ele com a mão
para que se calassem, contou-lhes como o Senhor o tirara da prisão, e disse:
Anunciai isto a Tiago e aos irmãos. E, saindo partiu para outro lugar."
Atos 12:13-17.
Alegria e louvor encheram o
coração dos crentes porque Deus ouvira e atendera a suas orações, e libertara
Pedro das mãos de Herodes. Pela manhã uma grande multidão se reuniu para
testemunhar a execução do apóstolo. Herodes enviou oficiais à prisão para
buscarem a Pedro, que devia ser trazido com grande aparato de guardas e armas,
não apenas para se evitar possível fuga, como também para intimidar os
simpatizantes e exibir seu próprio poder. Havia a guarda à porta da prisão, os
ferrolhos e barras ainda estavam intatos, a guarda no interior, as cadeias
presas aos pulsos dos dois soldados; mas o prisioneiro desaparecera.
correndo para dentro,
anunciou que Pedro estava à porta. E disseram-lhe: Estás fora de ti. Mas ela
afirmava que assim era. E diziam. É o seu anjo. Mas Pedro perseverava em bater,
e, quando abriram, viram-no, e se espantaram. E, acenando-lhes ele com a mão
para que se calassem, contou-lhes como o Senhor o tirara da prisão, e disse:
Anunciai isto a Tiago e aos irmãos. E, saindo partiu para outro lugar."
Atos 12:13-17.
Alegria e louvor encheram o coração dos
crentes porque Deus ouvira e atendera a suas orações, e libertara Pedro das
mãos de Herodes. Pela manhã uma grande multidão se reuniu para testemunhar a
execução do apóstolo. Herodes enviou oficiais à prisão para buscarem a Pedro,
que devia ser trazido com grande aparato de guardas e armas, não apenas para se
evitar possível fuga, como também para intimidar os simpatizantes e exibir seu
próprio poder. Havia a guarda à porta da prisão, os ferrolhos e barras ainda
estavam intatos, a guarda no interior, as cadeias presas aos pulsos dos dois
soldados; mas o prisioneiro desaparecera.
Quando o relatório dessas coisas foi
trazido a Herodes, ele ficou exasperado, e acusou os guardas da prisão de
infidelidade. Foram, conseqüentemente, condenados à morte pelo alegado crime de
terem dormido em seu posto. Ao mesmo tempo, Herodes sabia que nenhum poder
humano havia livrado a Pedro, mas estava decidido a não reconhecer que um poder
divino estivera em operação para lhe frustrar os vis desígnios. Não se
humilharia dessa maneira, e colocou-se em ousado desafio a Deus.
Não muito tempo depois do
livramento de Pedro da prisão, Herodes desceu da Judéia a Cesaréia e ali
permaneceu algum tempo. Fez uma grande festa, destinada a provocar admiração e
aplausos do povo. Tal festa foi assistida pelos amantes do prazer de todas as
regiões, e houve muita glutonaria e bebedice. Herodes fez uma suntuosa aparição
diante do povo. Vestido em roupas em que rebrilhavam prata e ouro, os raios do
Sol refletindo em suas luminosas dobras, deslumbravam os olhos dos que o
contemplavam. Com grande pompa e cerimônia ergueu-se perante a multidão e
dirigiu-lhe um eloqüente discurso.
A majestade de sua aparência e a força de
sua linguagem bem escolhida dominaram a assembléia com poderosa influência.
Estando já seus sentidos pervertidos pelo comer e beber, ficaram deslumbrados
pela resplandecente ornamentação de Herodes, e encantados pelo seu porte e
oratória; e, possuídos de selvagem entusiasmo, cumulavam-no de lisonja,
proclamando-o um deus, declarando que nenhum mortal podia apresentar igual aparência
ou possuir tão impressionante eloqüência de linguagem. Declararam mais que,
conquanto o houvessem sempre respeitado como governador, dali em diante o
adorariam como a um deus.
Herodes sabia que não merecia nenhum dos
louvores e homenagens; todavia, não censurou a idolatria do povo, aceitando-a
como se lhe fosse devida. O brilho do orgulho satisfeito era visível em sua
face quando ouviu a exclamação: "Voz de Deus, e não de homem!" Atos
12:22. As mesmas vozes que agora glorificavam um vil pecador, alguns anos antes
elevaram-se num frenético clamor: Fora com Jesus! Crucifica-O! crucifica-O!
Herodes recebeu esta adulação e homenagem com grande prazer, e seu coração
transbordou de triunfo; subitamente, porém, sobreveio-lhe rápida e terrível
mudança. Seu rosto se tornou pálido como a morte e
contorcido pela agonia; grandes gotas de suor lhe brotavam dos poros. Ficou por
um momento como que traspassado de dor e terror; então, volvendo a face
branqueada, lívida para seus amigos tomados de horror, exclamou em tom cavo e
desesperado: Aquele que exaltastes como um deus, é ferido de morte!
Sofrendo a mais cruciante angústia, foi
retirado daquela cena de orgia, ostentação, zombaria e pompa, as quais agora
abominava em sua alma. Um momento antes ele tinha sido o alvo orgulhoso do
louvor e adoração daquela vasta multidão - agora se compenetra de que se acha
nas mãos de um Governante mais poderoso do que ele próprio. Remorsos o apanham;
lembra-se de sua ordem cruel para matar o inocente Tiago; lembra-se de sua implacável
perseguição aos seguidores de Jesus, e de seu desígnio de tirar a vida do
apóstolo Pedro, a quem Deus livrou de sua mão; lembra-se de como, em seu
desgosto e decepcionada raiva, tirara uma injusta desforra dos guardas da
prisão, executando-os sem misericórdia. Sentia que Deus, que libertara da morte
o apóstolo, estava agora a tratar com ele, o implacável perseguidor. Não
encontrava alívio para a dor do corpo nem para a angústia do espírito, e nem
esperava encontrar. Herodes conhecia a lei de Deus, que diz: "Não terás
outros deuses diante de Mim" (Êxo. 20:3), e sabia que, aceitando a
adoração do povo, enchera a medida de sua iniqüidade e acarretara sobre si a
justa ira de Deus.
O mesmo anjo que viera das cortes
celestiais para libertar a Pedro do poder de seu perseguidor, fora o mensageiro
da ira e juízo a Herodes. O anjo tocou em Pedro para despertá-lo do sono, mas
foi com um contato diferente que ele feriu o ímpio
rei, trazendo sobre ele castigo mortal. Deus lançou o desprezo sobre o orgulho
de Herodes, e aquele que fora exibido, adornado em brilhante aparência diante
do olhar admirado do povo, era agora comida de bichos e se putrefazia ainda em
vida. Herodes morreu em grande angústia de espírito e corpo, sob o juízo
retributivo de Deus.
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