domingo, 22 de maio de 2016

24 (No Deserto da Tentação) Mais Que Uma Queda






Se a humanidade parasse de pecar quando Adão foi expulso do Éden, estaríamos hoje numa condição muito mais elevada física, mental e moralmente. Mas enquanto o homem deplora a queda de Adão, que resultou numa terrível desgraça, desobedece às exigências expressas de Deus, como fez Adão, embora tenha o seu exemplo para alertá-lo de agir como ele agiu na violação da lei de Jeová.
Oxalá o homem tivesse parado de cair com Adão! Mas tem sido uma sucessão de quedas. Os homens não se alertam com a experiência de Adão. Conduzirão o apetite e paixão na violação direta da lei de Deus e ao mesmo tempo continuarão a lastimar a transgressão de Adão, a qual trouxe o pecado ao mundo.
Desde os dias de Adão até aos nossos, tem havido uma sucessão de quedas, cada uma maior do que a outra, em toda espécie de crime. Deus não criou a humanidade tão destituída de saúde, beleza e poder moral como a que existe agora no mundo. Doenças de todas as espécies estão aumentando assustadoramente sobre a humanidade. Isso não tem acontecido por uma providência especial de Deus, mas diretamente contrário à Sua vontade. Isso surgiu devido à desconsideração do homem para com os meios que Deus ordenou a fim de protegê-lo dos terríveis males existentes. A obediência à lei de Deus em todos os aspectos salvará os homens da intemperança, licenciosidade e doença de todo tipo. Ninguém pode violar a lei natural sem sofrer a penalidade.
Pode o homem, por alguma soma de dinheiro, deliberadamente vender sua capacidade mental? Se alguém desse dinheiro para que o homem partilhasse seu intelecto, ele se voltaria com desgosto contra a proposta insana. Contudo, milhares estão dividindo a saúde do corpo, o vigor do intelecto e a elevação da alma por amor à satisfação do apetite. Ao invés de ganhar, experimentam somente perdas. Isto eles não percebem porque suas sensibilidades estão entorpecidas. Comercializaram as faculdades que receberam de Deus. E por quê? Resposta: Baixa sensualidade e vícios degradantes. Condescende-se com a satisfação da paixão a custo da saúde e do intelecto.
Cristo começou a obra de redenção precisamente onde se iniciou a ruína. Fez provisão para reintegrar o homem à pureza de Deus, se aceitasse a ajuda que lhe fosse oferecida. Por meio da fé no Seu nome todo-poderoso - o único nome dado debaixo do Céu para salvação - o homem poderia vencer o apetite e paixão. Por intermédio da obediência à lei de Deus a saúde tomaria o lugar das enfermidades e doenças destrutivas. Aqueles que hão de vencer seguirão o exemplo de Cristo, subjugando os apetites e paixões corporais sob o controle da razão e da consciência esclarecida.
Se os pastores que pregam o evangelho cumprissem o seu dever, e fossem igualmente exemplos para o rebanho de Deus, suas vozes levantar-se-iam como trombetas, mostrando ao povo suas transgressões e à casa de Israel os seus pecados. Pastores que exortam pecadores a se converter deveriam definir distintamente o que é pecado e o que é conversão do pecado. Pecado é transgressão da lei. O pecador convicto deve exercer arrependimento para com o Senhor, por causa da transgressão da Sua lei, e fé em nosso Senhor Jesus Cristo.
O apóstolo nos dá a verdadeira definição de pecado: "O pecado é a transgressão da lei." I João 3:4. Uma classe enorme de professos embaixadores de Cristo são iguais a guias cegos. Estão dirigindo o povo para fora do caminho de segurança ao apresentar as exigências e proibições da antiga lei de Jeová, como arbitrárias e severas. Dão permissão ao pecador para ultrapassar os limites da lei de Deus. Nisto são como o grande adversário, abrindo diante delas uma vida de liberdade em violação aos mandamentos de Deus. Com esta liberdade sem lei acabaram-se as bases da responsabilidade moral.
Aqueles que seguem a esses líderes cegos, fecham as avenidas da alma à recepção da verdade. Não permitem que a verdade com seus frutos úteis lhes afetem o coração. Grande número firma sua alma com preconceito contra novas verdades e também contra a claríssima luz que mostra a correta aplicação de antiga verdade, a lei de Deus, que é tão antiga quanto o mundo. O intemperante e licencioso tem prazer em afirmar freqüentemente que a lei dos Dez Mandamentos não é obrigatória nesta dispensação. Avareza, roubos, perjúrios e crimes de toda espécie são praticados sob o manto de cristianismo.






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