segunda-feira, 23 de maio de 2016

25 (No Deserto da Tentação) Saúde e Felicidade - Parte Final



Que cenário de inigualável exemplo de sofrimento foi aquele jejum de quase seis semanas, enquanto Jesus estava sendo assaltado pelas mais terríveis tentações! Quão poucos podem compreender o amor de Deus pelo pecador, o qual não recusou que Seu divino Filho tomasse sobre Si a humilhação humana! Ele entregou Seu amado Filho à vergonha e agonia para que pudesse trazer filhos e filhas à glória.
Quando o homem pecador discernir o inexprimível amor de Deus em dar Seu Filho para morrer sobre a cruz, poderá compreender melhor a infinita vantagem de vencer como Cristo venceu. Compreenderemos que será uma eterna perda ganharmos todo o mundo, com todos os seus prazeres e glória, e contudo perdermos a alma. O Céu é muito barato, a qualquer custo.
Sobre as margens do Jordão a voz do Céu, acompanhada pela manifestação da excelente glória, proclamou que Cristo é o Filho do Eterno. Satanás estava prestes a encontrar-se pessoalmente com o Chefe do reino, que ele veio para vencer. Se falhasse, sabia que estava perdido. Portanto, o poder de suas tentações estava de acordo com a grandeza do objeto que ele ganharia ou perderia. Por quatro mil anos, desde a declaração feita a Adão de que a semente da mulher feriria a cabeça da serpente, ele tinha estado planejando sua maneira de ataque.
Lançou mão de todos os esforços para vencer no apetite a Cristo, que suportou as mais cruciantes dores da fome. A vitória ganha destinava-se não somente a ser um exemplo para os que caíssem sob o poder do apetite, mas para qualificar o Redentor na obra especial de alcançar as profundezas da tristeza humana. Pela experiência própria quanto à força das tentações de Satanás, os sofrimentos e enfermidades humanas, Ele saberia como socorrer aqueles que estariam dispostos a ajudar-se a si mesmos.
Nenhuma soma de dinheiro poderia comprar uma única vitória sobre as tentações de Satanás. Mas aquilo que o dinheiro não tem valor para obter, como integridade, esforço resoluto e poder moral, obteria através do nome de Cristo uma nobre vitória sobre o apetite. Que seria se o conflito custasse ao homem sua própria vida? Que seria se os escravos do vício realmente morressem na luta para salvar-se do poder controlador do apetite? Morreriam por uma boa causa. A vitória ganha à custa da vida humana, não representaria nada quando a vitória aparecer, na primeira ressurreição, e os vencedores receberem a recompensa.
Tudo, então, é ganho. Mas a vida não será sacrificada na luta para vencer apetites depravados. É certo que se não vencermos como Cristo venceu, não poderemos ter um assento com Ele no Seu trono. Aqueles que não obstante a luz e a verdade destroem a saúde mental, moral e física, induzidos por qualquer espécie de condescendência, perderão o Céu. Sacrificam aos ídolos as faculdades dadas por Deus. Deus merece e exige nossos mais altos pensamentos e sagradas afeições.
A um custo infinito Cristo, nosso Redentor, comprou todas as nossas faculdades e nossa própria existência e tudo o que há de bom na vida foi omprado para nós, ao preço de Seu sangue. Aceitaremos as bênçãos e nos esqueceremos das exigências do Doador? Pode qualquer de nós consentir em seguir as inclinações, a condescendência com os apetites e paixões, e viver sem Deus? Comeremos e beberemos como irracionais, e, à semelhança dos embotados animais não associaremos o pensamento com Deus, com tudo aquilo de bom que nos alegra?
Aqueles que fazem esforços decididos em nome do Conquistador para vencer a todo ardente desejo antinatural quanto ao apetite, não morrerão no conflito. Em seus esforços para controlar o apetite, colocam-se em relação correta com a vida, e podem assim regozijar-se na saúde e no favor de Deus, e terão direito à vida imortal.
Milhares estão continuamente vendendo o vigor físico, mental e moral pelo prazer do paladar. Todas as faculdades têm seu trabalho distinto; contudo, todas têm uma dependência mútua em relação à outra. Se o equilíbrio for cuidadosamente preservado, conservará uma ação harmoniosa. Nenhuma destas faculdades pode ser avaliada em dólares e centavos. Todavia, por um bom jantar, álcool ou fumo são vendidas. Enquanto está paralisada pela condescendência com o apetite, Satanás controla a mente e leva a toda sorte de crimes e impiedades. Deus tem prazer em preservar todas as nossas faculdades em sadio vigor, para que possamos ter um senso claro de Seus requisitos e tenhamos santidade perfeita no Seu temor.


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