quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

40 (História da Redenção) Nas Regiões distantes Parte Final



                                      A Decisão
Tiago também apresentou seu testemunho com decisão - que Deus decidira outorgar aos gentios os mesmos privilégios dos judeus. Ao Espírito Santo pareceu bem não impor aos gentios conversos a lei cerimonial, e os apóstolos e anciãos, depois de cuidadoso estudo do assunto, viram-no na mesma luz, e seu parecer foi como o parecer do Espírito de Deus. Tiago presidiu o concílio e sua decisão final foi: "Pelo que julgo que não se deve perturbar aqueles, dentre os gentios, que se convertem a Deus." Atos 15:19.
Sua sentença foi que a lei cerimonial, e especialmente a ordenança da circuncisão, não deveriam ser impostas aos gentios, ou a eles sequer recomendadas.
Tiago procurou imprimir na mente de seus irmãos o fato de que, em se tornando da idolatria para Deus, os gentios tinham feito grande mudança em sua fé, e que se deveria usar muita cautela para não perturbá-los com assuntos embaraçantes e duvidosos de somenos importância, para que não desanimassem em seguir a Cristo.
Os gentios, porém, não deviam seguir uma conduta que materialmente conflitasse com as opiniões de seus irmãos judeus, ou que criasse em sua mente preconceito contra eles. Os apóstolos e anciãos, portanto, concordaram em instruir por carta aos gentios a se absterem de carnes sacrificadas aos ídolos, da prostituição, do que é sufocado e do sangue. Deviam guardar os mandamentos e santificar a vida. Foi-lhes afirmado que os que declaravam ser a circuncisão obrigatória não estavam autorizados a fazê-lo pelos apóstolos.
Paulo e Barnabé eram-lhes recomendados como pessoas que haviam arriscado a vida pelo Senhor. Judas e Silas foram enviados com estes apóstolos para declararem aos gentios de viva voz a decisão do concílio. Os quatro servos de Deus foram enviados a Antioquia com a epístola e a mensagem, e isso pôs fim a toda controvérsia; porque era voz da mais alta autoridade sobre a Terra.
O concílio que decidiu este caso era composto dos fundadores das igrejas cristãs judaicas e gentias. Estavam presentes anciãos de Jerusalém e delegados de Antioquia, e as igrejas mais influentes estavam representadas. O concílio não reclamou a infalibilidade de suas deliberações, mas conduziu-se de acordo com os ditames de iluminado juízo e com a dignidade de uma igreja estabelecida pela vontade divina. Viram que o próprio Deus tinha decidido a questão favorecendo os gentios como Espírito Santo, e era-lhes deixado seguir a guia do Espírito.
Não foram convocados todos os cristãos para votarem sobre a questão. Os apóstolos e anciãos - homens de influência e bom senso - redigiram e expediram o decreto, que foi logo aceito pelas igrejas cristãs. Nem todos, entretanto, ficaram contentes com a decisão; havia uma facção de falsos irmãos que tomaram a decisão de se empenhar em uma obra de sua própria responsabilidade. Puseram-se a murmurar e criticar, propondo novos planos e procurando deitar abaixo a obra dos homens experientes a quem Deus havia mandado ensinar a doutrina de Cristo. Desde o início teve a igreja tais obstáculos a enfrentar, e há de tê-los até a consumação do tempo.


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