Paulo retornou agora
a Damasco e pregou ousadamente em nome de Jesus. Os judeus não podiam resistir
à sabedoria de seus argumentos, e em conselho resolveram silenciar sua voz pela
força - o único argumento deixado para uma causa em decadência. Decidiram assassiná-lo.
O apóstolo foi feito sabedor de seu propósito. As portas da cidade estavam
vigilantemente guardadas, dia e noite, para impedir sua fuga. A ansiedade dos
discípulos levou-os a Deus em oração; poucos entre eles dormiam, pois estavam
ocupados em idear meios e recursos para a fuga do apóstolo escolhido.
Finalmente conceberam um plano pelo qual ele seria, de noite, baixado de uma
janela por sobre o muro, num cesto. Dessa humilhante maneira Paulo efetuou sua
fuga de Damasco.
Então partiu para Jerusalém,
desejando familiarizar-se com os apóstolos ali, especialmente com Pedro. Estava
ansioso para encontrar-se com os pescadores galileus que viveram, oraram e
conversaram com Cristo enquanto esteve na Terra. Foi com o coração anelante que
desejou encontrar-se com o principal dos apóstolos. Quando Paulo entrou em
Jerusalém, considerou com opiniões mudadas a cidade e o templo. Agora sabia que
o juízo retributivo de Deus pendia sobre eles.
O desgosto e a ira dos
judeus por causa da conhecida conversão de Paulo
não conhecia limites. Mas estava firme qual uma rocha, e esperançoso de que
quando relatasse sua maravilhosa experiência a seus amigos, estes mudariam sua
fé como ele havia feito, e creriam em Jesus. Havia sido estritamente
consciencioso em sua oposição a Cristo e Seus seguidores, e quando foi
subjugado e convencido de seu pecado, imediatamente abandonou seus maus
caminhos e professou a fé em Jesus. Agora cria plenamente que quando seus
amigos e associados anteriores ouvissem as circunstâncias de sua maravilhosa
conversão, e vissem quão diferente estava ele do orgulhoso fariseu que
perseguira e entregara à morte aqueles que criam em Jesus como o Filho de Deus,
eles também se tornariam convictos de seu erro e se uniriam às fileiras dos
crentes.
Tentou unir-se a seus irmãos, os
discípulos; grande foi, porém, seu pesar e desapontamento quando verificou que
eles não o recebiam como um de seu número. Eles relembravam suas passadas
perseguições e suspeitavam que ele operava um plano para enganá-los e
destruí-los. Na verdade, tinham ouvido de sua maravilhosa conversão, mas como
se havia retirado imediatamente para a Arábia, não ouviram nenhuma notícia
definida a seu respeito, e não deram crédito a sua grande transformação.
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