domingo, 26 de outubro de 2014

36 (História da Redenção) A Conversão de Saulo - Parte Final



                                                    De Perseguidor a Apóstolo 


    Paulo foi batizado por Ananias no rio de Damasco. Restaurou as forças pelo alimento, e imediatamente começou a pregar Jesus aos crentes na cidade, os mesmos a quem tinha o propósito de destruir quando partiu de Jerusalém. Também ensinou nas sinagogas que Jesus, que havia sido morto, era de fato o Filho de Deus. Seus argumentos, baseados na profecia, eram tão conclusivos, e seus esforços tão acompanhados pelo poder de Deus, que os judeus oponentes foram     confundidos e incapazes de responder-lhe. A educação rabínica e farisaica de Paulo devia agora ser usada com vantagem na pregação do evangelho e na sustentação da causa que uma vez ele empregara todo o esforço para destruir. 

    Os judeus estavam inteiramente surpresos e confundidos pela conversão de Paulo. Estavam cientes de sua posição em Jerusalém, e sabiam qual era sua principal missão em Damasco, e que estava armado com uma comissão do sumo sacerdote que o autorizava a tomar os crentes em Jesus e mandá-los como prisioneiros para Jerusalém; contudo, agora eles o viam pregando o evangelho de Jesus, fortalecendo aqueles que já eram discípulos e continuamente fazendo novos conversos para a fé, de que tinha sido tão zeloso oponente. Paulo demonstrava a todos que o ouviam que esta mudança de fé não era de impulso nem de fanatismo, mas produzida por superabundante evidência.

    Enquanto trabalhava nas sinagogas sua fé se fortalecia; seu zelo em sustentar que Jesus era o Filho de Deus aumentou em face da feroz oposição dos judeus. Não poderia permanecer mais em Damasco, pois que depois que os judeus se recuperaram de sua surpresa ante sua maravilhosa conversão e trabalhos subseqüentes, voltaram-se resolutamente da convincente evidência assim produzida em favor da doutrina de Cristo. Seu espanto pela conversão de Paulo se tornou em intenso ódio a ele, como aquele que haviam manifestado contra Jesus. 

                                                Preparação Para o Serviço 

    A vida de Paulo estava em perigo, e ele recebeu de Deus a ordem de deixar Damasco por algum tempo. Foi para a Arábia, e ali, em relativa solidão, teve ampla oportunidade para comunhão com Deus e para contemplação. Desejava estar sozinho com Deus, para examinar seu    próprio coração, para aprofundar seu arrependimento e preparar-se pela oração e estudo para empenhar-se num trabalho que lhe parecia demasiado grande e demasiado importante para tomar a seu cargo. Ele era um apóstolo, não escolhido de homens, mas escolhido de Deus, e seu trabalho foi claramente declarado ser entre os gentios. 

    Enquanto na Arábia não se comunicou com os apóstolos; buscou fervorosamente a Deus com todo o coração, determinando não descansar até que soubesse com certeza que seu arrependimento fora aceito, e seu grande pecado perdoado. Não abandonaria a luta antes que tivesse a certeza de que Jesus estaria com ele em seu futuro ministério. Devia levar sempre em seu corpo as marcas da glória de Cristo, em seus olhos, que tinham sido cegados pela luz celestial, e desejava também levar consigo constantemente a segurança da mantenedora graça de Cristo. Paulo entrou em íntima associação com o Céu, e Jesus esteve em comunhão com ele, estabelecendo-o na fé e outorgando-lhe Sua sabedoria e graça. 

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