Paulo foi batizado
por Ananias no rio de Damasco. Restaurou as forças pelo alimento, e
imediatamente começou a pregar Jesus aos crentes na cidade, os mesmos a quem
tinha o propósito de destruir quando partiu de Jerusalém. Também ensinou nas
sinagogas que Jesus, que havia sido morto, era de fato o Filho de Deus. Seus
argumentos, baseados na profecia, eram tão conclusivos, e seus esforços tão
acompanhados pelo poder de Deus, que os judeus oponentes foram confundidos e incapazes de responder-lhe. A educação rabínica
e farisaica de Paulo devia agora ser usada com vantagem na pregação do
evangelho e na sustentação da causa que uma vez ele empregara todo o esforço
para destruir.
Os judeus estavam
inteiramente surpresos e confundidos pela conversão de Paulo. Estavam cientes
de sua posição em Jerusalém, e sabiam qual era sua principal missão em Damasco,
e que estava armado com uma comissão do sumo sacerdote que o autorizava a tomar
os crentes em Jesus e mandá-los como prisioneiros para Jerusalém; contudo,
agora eles o viam pregando o evangelho de Jesus, fortalecendo aqueles que já
eram discípulos e continuamente fazendo novos conversos para a fé, de que tinha
sido tão zeloso oponente. Paulo demonstrava a todos que o ouviam que esta
mudança de fé não era de impulso nem de fanatismo, mas produzida por
superabundante evidência.
Enquanto trabalhava nas sinagogas sua fé
se fortalecia; seu zelo em sustentar que Jesus era o Filho de Deus aumentou em
face da feroz oposição dos judeus. Não poderia permanecer mais em Damasco, pois
que depois que os judeus se recuperaram de sua surpresa ante sua maravilhosa
conversão e trabalhos subseqüentes, voltaram-se resolutamente da convincente
evidência assim produzida em favor da doutrina de Cristo. Seu espanto pela
conversão de Paulo se tornou em intenso ódio a ele, como aquele que haviam
manifestado contra Jesus.
Preparação Para o Serviço
A vida de Paulo estava em
perigo, e ele recebeu de Deus a ordem de deixar Damasco por algum tempo. Foi
para a Arábia, e ali, em relativa solidão, teve ampla oportunidade para
comunhão com Deus e para contemplação. Desejava estar sozinho com Deus, para
examinar seu próprio coração, para aprofundar seu
arrependimento e preparar-se pela oração e estudo para empenhar-se num trabalho
que lhe parecia demasiado grande e demasiado importante para tomar a seu cargo.
Ele era um apóstolo, não escolhido de homens, mas escolhido de Deus, e seu
trabalho foi claramente declarado ser entre os gentios.
Enquanto na Arábia não se comunicou com os
apóstolos; buscou fervorosamente a Deus com todo o coração, determinando não
descansar até que soubesse com certeza que seu arrependimento fora aceito, e
seu grande pecado perdoado. Não abandonaria a luta antes que tivesse a certeza
de que Jesus estaria com ele em seu futuro ministério. Devia levar sempre em
seu corpo as marcas da glória de Cristo, em seus olhos, que tinham sido cegados
pela luz celestial, e desejava também levar consigo constantemente a segurança
da mantenedora graça de Cristo. Paulo entrou em íntima associação com o Céu, e
Jesus esteve em comunhão com ele, estabelecendo-o na fé e outorgando-lhe Sua
sabedoria e graça.
Nenhum comentário:
Postar um comentário