A Visão de Cristo
A cena foi da maior
confusão. Os companheiros de Saulo foram tomados de terror, e quase cegados
pela intensidade da luz. Ouviram a voz, mas não viram ninguém, e para eles tudo
era ininteligível e misterioso. Porém Saulo, prostrado sobre a terra, compreendeu
as palavras pronunciadas, e viu claramente diante de si o Filho de Deus. Este
único olhar sobre aquele glorioso Ser gravou Sua imagem para sempre na alma do
abalado judeu. As palavras atingiram seu coração com terrificante força. Nos
entenebrecidos recessos do espírito derramou-se-lhe uma inundação de luz,
revelando sua ignorância e erro. Viu que, conquanto imaginando estar
zelosamente servindo a Deus no perseguir aos seguidores de Cristo, estivera na
realidade fazendo a obra de Satanás.
Viu sua loucura em estribar
a fé nas afirmativas dos sacerdotes
e príncipes, cujo ofício sagrado exercera grande influência sobre sua mente,
levando-o a crer que a história da ressurreição fosse um artificioso drama dos
discípulos de Jesus. Agora que Cristo foi revelado a Saulo, o sermão de Estêvão
foi trazido com força a sua mente. Aquelas palavras que os sacerdotes tinham
declarado blasfemas, agora pareciam-lhe verdadeiras e autênticas. Ao tempo
dessa maravilhosa iluminação sua mente agiu com notável rapidez. Ele retrocedeu
na história profética e viu que a rejeição de Jesus pelos judeus, Sua
crucifixão, ressurreição e ascensão haviam sido preditas pelos profetas, e
provavam ser Ele o prometido Messias. Relembrou as palavras de Estêvão:
"Eis que vejo os Céus abertos, e o Filho do homem, que está em pé à mão
direita de Deus" (Atos 7:56), e compreendeu que o santo moribundo havia
lobrigado o reino da glória.
Que revelação fora
tudo isso para o perseguidor dos crentes! Clara, porém terrível luz tinha
jorrado em sua alma. Cristo foi-lhe revelado como tendo vindo à Terra em
cumprimento de Sua missão, sendo rejeitado, escarnecido, condenado e
crucificado por aqueles a quem viera salvar, e tendo ressuscitado dos mortos e
ascendido aos Céus. Neste terrível instante relembrou que o santo Estêvão fora
sacrificado com seu consentimento, e que por meio de sua instrumentalidade
muitos outros valorosos santos encontraram a morte pela cruel
perseguição.
"Ele disse: Quem
és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. ...
Levanta-te, e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer."
Atos 9:5 e 6 Nenhuma dúvida assaltou a mente de Saulo de que fora o verdadeiro
Jesus de Nazaré que lhe falara, e que Ele era de fato o tão sacerdotes
e príncipes, cujo ofício sagrado exercera grande influência sobre sua mente,
levando-o a crer que a história da ressurreição fosse um artificioso drama dos
discípulos de Jesus. Agora que Cristo foi revelado a Saulo, o sermão de Estêvão
foi trazido com força a sua mente. Aquelas palavras que os sacerdotes tinham
declarado blasfemas, agora pareciam-lhe verdadeiras e autênticas. Ao tempo
dessa maravilhosa iluminação sua mente agiu com notável rapidez. Ele retrocedeu
na história profética e viu que a rejeição de Jesus pelos judeus, Sua
crucifixão, ressurreição e ascensão haviam sido preditas pelos profetas, e
provavam ser Ele o prometido Messias. Relembrou as palavras de Estêvão:
"Eis que vejo os Céus abertos, e o Filho do homem, que está em pé à mão
direita de Deus" (Atos 7:56), e compreendeu que o santo moribundo havia
lobrigado o reino da glória.
Que revelação fora tudo isso para o
perseguidor dos crentes! Clara, porém terrível luz tinha jorrado em sua alma.
Cristo foi-lhe revelado como tendo vindo à Terra em cumprimento de Sua missão,
sendo rejeitado, escarnecido, condenado e crucificado por aqueles a quem viera
salvar, e tendo ressuscitado dos mortos e ascendido aos Céus. Neste terrível
instante relembrou que o santo Estêvão fora sacrificado com seu consentimento,
e que por meio de sua instrumentalidade muitos outros valorosos santos
encontraram a morte pela cruel perseguição.
"Ele disse: Quem és, Senhor? E
disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. ... Levanta-te, e entra na
cidade, e lá te será dito o que te convém fazer." Atos 9:5 e 6 Nenhuma
dúvida assaltou a mente de Saulo de que fora o verdadeiro Jesus de Nazaré que
lhe falara, e que Ele era de fato o tão longamente
esperado Messias, a Consolação e o Redentor de Israel.
Quando a ofuscante glória se retirou e
Saulo se levantou do chão, achou-se completamente despojado da vista. O brilho
da glória de Cristo fora por demais intenso para seus olhos mortais; e,
desaparecido este brilho, a escuridão da noite alojou-se em sua visão. Creu que
esta cegueira era um castigo divino por sua cruel perseguição aos seguidores de
Jesus. Tateou ao redor em terríveis trevas, e seus companheiros, em temor e
pasmo, levaram-no pela mão até Damasco.
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