domingo, 19 de outubro de 2014

35 (História da Redenção) A Morte de Estêvão - Parte 2



                                                     A Defesa de Estêvão 

    Estêvão foi interrogado quanto à verdade das acusações contra ele, e tomou sua defesa com voz clara, penetrante, que repercutia pelo recinto do conselho. Com palavras que mantinham a assembléia absorta, prosseguiu relatando a história do povo escolhido de Deus. Mostrou completo conhecimento da história judaica e sua interpretação espiritual, agora manifesta mediante Cristo. Começou com Abraão e fez um retrospecto através da História, de geração em geração, repassando todos os registros nacionais de Israel a Salomão, acentuando os mais impressivos pontos para vindicar sua causa. 

    Tornou clara sua própria lealdade para com Deus e para com a fé judaica, enquanto mostrava que a lei na qual os judeus confiavam para a salvação não fora capaz de salvar Israel da idolatria. Ligou Jesus Cristo com toda a história judaica. Referiu-se à construção do templo de Salomão, e às palavras deste, bem como de Isaías: "Mas o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens." Atos 7:48. "O Céu é o Meu trono, e a Terra o estrado de Meus pés. Que casa Me edificareis? diz o Senhor: ou qual é o lugar do Meu repouso? Porventura não fez a Minha mão todas estas coisas?" Atos 7:49 e 50. O lugar da mais alta adoração de Deus estava no Céu. 

    Quando Estêvão atingiu este ponto, houve um tumulto entre o povo. O prisioneiro leu sua sorte nos rostos a sua frente. Viu a resistência que encontraram suas palavras, que falara sob a  direção do Espírito Santo. Sabia que estava dando seu último testemunho. Poucos dos que lêem este discurso de Estêvão o apreciam convenientemente. A ocasião, o tempo e o lugar devem ser tidos em mente para fazer com que suas palavras expressem seu completo significado. 

    Quando ele estabeleceu conexão entre Cristo e as profecias, e falou, como fizera, a respeito do templo, o sacerdote, pretendendo estar tomado de horror, rasgou suas vestes. Esse ato foi para Estêvão um sinal de que sua voz logo silenciaria para sempre. Embora estivesse apenas no meio de seu sermão, concluiu-o abruptamente quebrando de súbito a cadeia da História, e, voltando-se para seus enfurecidos juízes, disse: "Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido: vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim vós sois como vossos pais. A qual dos profetas não perseguiram vossos pais? Até mataram os que anteriormente anunciaram a vinda do Justo, do qual vós agora fostes traidores e homicidas; vós, que recebestes a lei por ordenação dos anjos, e não a guardastes." Atos 7:51-53. 

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