sexta-feira, 17 de outubro de 2014

35 (História da Redenção) A Morte de Estêvão - Parte 1



   Estêvão era muito ativo na causa de Deus e declarava sua fé corajosamente. "Levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos libertinos, e dos cireneus e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão. E não podiam resistir à sabedoria, e ao Espírito com que falava." Atos 6:9 e 10. Esses estudiosos dos grandes rabis estavam confiantes que numa discussão pública poderiam obter uma completa vitória sobre Estêvão, por causa de sua suposta ignorância. Ele porém, não somente falava com o poder do Espírito Santo, mas ficava claro a toda a vasta assembléia que era também um estudioso das profecias e versado em todos os assuntos da lei. Defendia habilmente as verdades que advogava, e confundia inteiramente seus oponentes. 

    Os sacerdotes e príncipes que testemunharam a maravilhosa demonstração de poder que acompanhava a apresentação de Estêvão encheram-se de ódio atroz. Em vez de se renderem ao peso das evidências que apresentava, determinaram silenciar sua voz, matando-o. 

    Portanto pegaram Estêvão e levaram-no perante o concílio do sinédrio para ser julgado. 

    Judeus eruditos das regiões circunvizinhas foram convocados para o propósito de refutar os argumentos do acusado. 

    Saulo, que se havia distinguido como zeloso oponente da doutrina de Cristo, e perseguidor de todos os que nEle criam, também estava presente. Este homem letrado tomou parte importante contra Estêvão. Trouxe o peso da eloqüência e a lógica dos rabis a atuarem no caso, e convenceu o povo de que Estêvão estava pregando doutrinas enganadoras e perigosas. 

    Mas Saulo encontrou em Estêvão alguém tão altamente educado como ele mesmo, e alguém que tinha plena compreensão do propósito de Deus em propagar o evangelho às outras nações. Ele cria no Deus de Abraão, Isaque e Jacó, e estava vigorosamente firmado em relação aos privilégios dos judeus; mas sua fé era ampla, e ele sabia que viera o tempo em que os verdadeiros crentes deviam adorar não apenas em templos feitos por mãos, mas, através do mundo, homens poderiam adorar a Deus em Espírito e em verdade. O véu foi tirado dos olhos de Estêvão, e ele discerniu o fim daquilo que foi abolido pela morte de Cristo. 

    Os sacerdotes e príncipes, embora veementes em sua oposição, em nada prevaleceram contra sua clara e calma sabedoria. Determinaram fazer de Estêvão um exemplo e, enquanto assim satisfaziam seu ódio vingativo, impediriam outros, pelo medo, de adotarem sua crença. Acusações foram proferidas contra ele, da maneira mais enganosa. Falsas testemunhas foram assalariadas para testificar que o ouviram proferir palavras blasfemas contra o templo e a lei. Disseram: "Porque nós lhe ouvimos dizer que esse Jesus Nazareno há de destruir este lugar e mudar os costumes que Moisés nos deu." Atos 6:14. 

    Quando Estêvão se colocou face a face com seus juízes, para responder à acusação de blasfêmia, um santo brilho resplandeceu em seu rosto. "Todos os que estavam assentados no conselho, fixando os olhos nele, viram o seu rosto como o rosto de anjo." Atos 6:15. Muitos dos que contemplavam o iluminado rosto de Estêvão tremeram e cobriram a face, mas a pertinaz incredulidade e preconceito não se abalaram. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário