quinta-feira, 9 de outubro de 2014

32 (História da Redenção) A Cura do Coxo - Parte Final



                                              A Ousada Defesa de Pedro 

    Até ali, os sacerdotes tinham evitado mencionar a crucifixão ou ressurreição de Jesus; mas agora, em cumprimento ao seu propósito, foram forçados a indagar dos acusados por que poder haviam realizado a notória cura do inválido. Então Pedro, cheio do Espírito Santo, dirigiu-se aos sacerdotes e anciãos respeitosamente, e declarou: "Seja conhecido de vós todos, e de todo o povo de Israel, que em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, aquele a quem vós crucificastes e a quem Deus ressuscitou dos mortos, em nome desse é que este está são diante de vós. Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina. E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens pelo qual devamos ser salvos." Atos 4:10-12. 

    O selo de Cristo foi posto sobre as palavras de Pedro, e seu rosto foi iluminado pelo Espírito Santo. Próximo a ele, como convincente testemunha, estava o homem que havia sido milagrosamente curado. A aparência deste homem, que apenas poucas horas antes era um desajudado coxo, mas agora restaurado à perfeita saúde, e esclarecido acerca de Jesus de Nazaré,     acrescentava peso de testemunho às palavras de Pedro. Sacerdotes, príncipes e povo estavam em silêncio. Os príncipes não tinham poder para refutar suas declarações. Tinham sido obrigados a ouvir aquilo que menos desejavam ouvir: o fato da ressurreição de Jesus Cristo, e Seu poder no Céu de realizar milagres por meio de Seus apóstolos na Terra. 

    A defesa de Pedro, na qual confessou corajosamente de onde obtinha sua força, apavorou-os. Ele se referiu à pedra rejeitada pelos construtores - significando as autoridades da igreja, que deviam ter percebido o valor dAquele a quem rejeitaram - mas que havia não obstante Se tornado na pedra de esquina. Nessas palavras, ele se referiu diretamente a Cristo, a pedra fundamental da igreja. 

    O povo estava espantado ante a ousadia dos discípulos. Pensavam que, por serem ignorantes pescadores, seriam vencidos pelo embaraço quando confrontados pelos sacerdotes, escribas e anciãos. Mas tiveram conhecimento que eles tinham estado com Jesus. Os apóstolos falavam como Ele havia falado, com um convincente poder que silenciava seus adversários. A fim de ocultar sua perplexidade, os sacerdotes e príncipes ordenaram que os apóstolos fossem afastados, para que pudessem aconselhar-se entre si. 

    Concordaram todos que era inútil negar que o homem fora curado mediante o poder concedido aos apóstolos em nome de Jesus crucificado. Alegremente encobririam o prodígio por meio de falsidades; mas a obra fora feita em plena luz do dia diante de uma multidão, e já viera ao conhecimento de milhares. Sentiram que a obra dos discípulos devia cessar imediatamente, ou Jesus ganharia muitos adeptos, e sua própria desgraça poderia   seguir-se, pois estariam sujeitos a ser responsabilizados pelo assassínio do Filho de Deus. 

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