terça-feira, 16 de setembro de 2014

27 ( História da Redenção ) O Julgamento de Cristo - Parte Final



                                                     Enviado a Herodes 

    Quando Pilatos ouviu que Herodes estava em Jerusalém, sentiu-se grandemente aliviado; pois esperava livrar-se de toda a responsabilidade no julgamento e condenação de Jesus. Logo O enviou, com Seu acusadores, a Herodes. Este governante se havia endurecido no pecado. O assassínio de João Batista lhe deixara na consciência uma mancha de que se não podia livrar. Quando ouviu falar de Jesus e das obras poderosas efetuadas por Ele, receou e tremeu, crendo ser Ele João Batista, ressuscitado dos mortos. Quando Jesus foi colocado em suas mãos por Pilatos, Herodes considerou este ato como um reconhecimento de seu poder, autoridade e julgamento. Isto teve como resultado tornar amigos os dois governantes, que antes tinham sido inimigos. Herodes gostou de ver Jesus, esperando que Ele operasse algum poderoso milagre para satisfação sua. Não era, porém, a obra de Jesus satisfazer curiosidade, ou procurar a Sua própria segurança. Seu poder divino, miraculoso, deveria exercer-se para a salvação de outrem, mas não em Seu próprio favor. 

    Jesus nada respondeu às muitas perguntas a Ele feitas por Herodes; tampouco replicou a Seus inimigos que O estavam a acusar veementemente. Herodes se encolerizou porque Jesus não pareceu temer seu poder, e com seus homens de guerra escarneceu, zombou do Filho de Deus e O maltratou. Contudo ficou cheio de admiração ante o aspecto nobre, divinal, de Jesus, quando ignominiosamente desacatado, e, temendo condená-Lo, O enviou de novo a Pilatos. 

    Satanás e seus anjos continuavam tentando Pilatos e procurando levá-lo à ruína. Sugeriram-lhe    que, se ele não tomasse parte na condenação de Jesus, outros o fariam; a multidão tinha sede de Seu sangue; e, se ele O não entregasse para ser crucificado, perderia poder e honras mundanas e seria acusado como crente em um impostor. Pelo medo de perder seu poder e autoridade, Pilatos consentiu na morte de Jesus. E, ainda que pusesse o sangue de Jesus sobre os Seus acusadores, e a multidão o recebesse, clamando: "O Seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos" (Matheus 27:25), Pilatos, todavia, não ficou inocente; foi culpado do sangue de Cristo. Pelo seu próprio interesse egoísta, seu amor às honras dos grandes homens da Terra, entregou para ser morto um homem inocente. Se Pilatos houvesse seguido as próprias convicções, nada teria tido que ver com a condenação de Jesus. 

    O aspecto e palavras de Jesus durante Seu julgamento produziram profunda impressão no espírito de muitos que estiveram presentes naquela ocasião. O resultado da influência assim exercida apareceu depois de Sua ressurreição. Entre aqueles que então foram acrescentados à igreja, muitos havia cuja convicção datava do tempo do julgamento de Jesus. 

    Grande foi a ira de Satanás quando viu que toda a crueldade que havia levado os judeus a infligirem a Jesus, não provocara dEle a menor murmuração. Posto que Ele tivesse tomado sobre Si a natureza do homem, foi sustentado por uma força divinal, e não Se afastou na mínima coisa da vontade de Seu Pai. 

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