segunda-feira, 15 de setembro de 2014

27 ( História da Redenção) O Julgamento de Cristo - Parte 2



                                                     A Confissão de Judas 

      Judas ficou cheio de amargurado remorso e vergonha pelo seu traiçoeiro ato de entregar a Jesus. E quando testemunhou o mau trato que o Salvador suportava, ficou vencido. Havia amado a Jesus, mas amara mais o dinheiro. Não pensara que Jesus tolerasse o ser preso pela turba que ele guiara. Esperara que Ele operasse um milagre, e deles Se libertasse. Mas quando viu a multidão enfurecida na audiência, sedenta de sangue, sentiu profundamente o seu erro; e, enquanto muitos estavam veementemente a acusar Jesus, Judas precipitou-se através da multidão confessando que tinha pecado, traindo sangue inocente. Ofereceu aos sacerdotes o dinheiro que lhe haviam pago e rogou-lhes que livrassem a Jesus, declarando que Ele era inteiramente inocente. 

    Por um pouco de tempo o vexame e a confusão conservaram os sacerdotes em silêncio. Não desejavam que o povo soubesse haverem eles assalariado um dos professos seguidores de Jesus para traí-Lo e Lho entregar. Desejavam ocultar o terem eles perseguido a Jesus como a um ladrão e O haverem preso secretamente. Mas a confissão de Judas e sua aparência descomposta, criminosa, desmascararam os sacerdotes perante a multidão, mostrando que fora o ódio que os fizera prender a Jesus. Ao declarar Judas em alta voz que Jesus era inocente, replicaram os sacerdotes: "Que nos importa? Isso é contigo." Matheus 27:4. Eles tinham Jesus em seu poder, e estavam decididos a mantê-Lo seguro. Judas, vencido pela angústia, lançou o dinheiro, que agora desprezava, aos pés daqueles que o assalariaram e, com aflição e horror, foi enforcar-se. 

    Jesus tinha muitos que com Ele simpatizavam, na multidão em redor, e o não haver Ele nada respondido às muitas perguntas     que Lhe foram feitas, tornou estupefata a turba. Sob toda a zombaria e violência do populacho, nem um sinal de desagrado, nem uma expressão de inquietação repousou em Suas feições. Manteve a dignidade e a compostura. Os espectadores olhavam para Ele maravilhados. Comparavam Suas formas perfeitas e porte firme, digno, com a aparência daqueles que se assentavam em juízo contra Ele, e diziam uns aos outros que Ele Se parecia com um rei mais do que qualquer dos príncipes. Não apresentava indício de ser criminoso. Seu olhar era suave, claro e destemido; Sua testa, larga e alta. Todos os traços se distinguiam fortemente pela benevolência e nobres princípios. Sua paciência e resignação eram tão diferentes das do homem, que muitos estremeceram. Mesmo Herodes e Pilatos ficaram grandemente perturbados com o Seu porte nobre, divino. 


                                                Jesus Perante Pilatos 

    Desde o princípio, Pilatos estava convencido de que Jesus não era um homem comum. Cria que tinha um excelente caráter, e inteiramente inocente das acusações feitas contra Ele. Os anjos que testemunhavam a cena notaram as convicções do governador romano, e, para salvá-lo de se empenhar no terrível ato de entregar a Cristo para ser crucificado, um anjo foi enviado à mulher de Pilatos, e informou-a por meio de um sonho de que o Filho de Deus era aquele em cujo processo seu marido estava empenhado, e era um inocente sofredor. Ela imediatamente mandou um recado a Pilatos, declarando que sofrera muitas coisas em um sonho por causa de Jesus, e avisando-o de que nada tivesse que ver com aquele santo Homem. O portador desta mensagem, atravessando à pressa a multidão, colocou a carta nas mãos de Pilatos. Ao lê-la, tremeu e ficou pálido, e logo resolveu nada ter que ver com tirar a vida a Cristo. Se os judeus     quisessem o sangue de Jesus, ele não emprestaria sua influência para tal, antes trabalharia para livrá-Lo. 

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