Cristo, o precioso Filho de Deus, foi levado para fora e
entregue ao povo para ser crucificado. Os discípulos e crentes da região
próxima uniram-se à multidão que seguia Jesus ao Calvário. A mãe de Jesus
também estava ali, amparada por João, o discípulo amado. Seu coração estava
partido por indescritível angústia; todavia, ela, como os discípulos, esperava
que a dolorosa cena mudasse, Jesus declarasse Seu poder e aparecesse diante de
Seus inimigos como o Filho de Deus. Seu coração materno, então confrangeu-se
novamente ao relembrar ela as palavras nas quais Ele havia feito ligeira
referência às coisas que estavam acontecendo naquele dia.
Jesus mal tinha passado o
portão da casa de Pilatos quando a cruz preparada para Barrabás foi deposta
sobre Seus feridos e ensangüentados ombros. Cruzes também foram colocadas sobre
os companheiros de Barrabás, que deviam sofrer a morte ao mesmo tempo em que
Jesus. O Salvador havia conduzido Seu fardo apenas uns poucos passos quando,
devido à perda de sangue e excessiva fraqueza e dor, caiu desmaiado ao
solo.
Quando Jesus Se reanimou, a
cruz foi novamente colocada sobre Seus ombros e Ele foi forçado a avançar.
Vacilou mais uns poucos passos, sentindo Sua pesada carga, e caiu ao solo,
exânime. De início fora considerado morto, porém finalmente reviveu.
Os sacerdotes e príncipes não sentiam compaixão por sua sofredora vítima; mas
viam que Lhe era impossível carregar o instrumento de tortura mais adiante.
Enquanto estavam considerando o que fazer, Simão, o cireneu, vindo de direção
oposta, encontrou a multidão, foi agarrado por instigação dos sacerdotes, e
compelido a carregar a cruz de Cristo. Os filhos de Simão eram discípulos de
Jesus, mas ele mesmo nunca tinha sido associado com Ele.
Uma grande multidão seguiu o Salvador ao
Calvário, muitos zombando e injuriando, porém alguns estavam chorando e
expressando Seu louvor. Aqueles a quem Ele havia curado de várias enfermidades,
e aqueles a quem havia ressuscitado dos mortos, declaravam Suas maravilhosas
obras com fervorosa voz, e procuravam saber o que Jesus tinha feito para ser
tratado como um malfeitor. Apenas uns poucos dias antes, eles O aclamaram com
alegres hosanas, e agitaram suas palmas, quando Ele entrou triunfalmente em
Jerusalém. Mas, muitos que haviam gritado em Seu louvor, porque era popular
fazer assim, agora avolumavam o clamor: "Crucifica-O! Crucifica-O!"
Lucas 23:21.
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