segunda-feira, 7 de abril de 2014

8 - O Dilúvio - Parte 3



 Os Animais Entram na Arca 


    Anjos foram mandados a recolher das florestas e campos os animais que Deus havia criado. Os anjos foram adiante desses animais, e eles os seguiram, dois a dois, macho e fêmea, e os animais limpos em porção de sete. Estes animais, desde os mais ferozes até os mais mansos e inofensivos, pacífica e solenemente marcharam para a arca. O céu parecia anuviado com pássaros de toda espécie. Eles vinham voando para a arca, dois a dois, macho e fêmea, e os pássaros limpos, aos sete. O mundo olhava com admiração - alguns com medo, mas eles tinham se tornado tão endurecidos pela rebelião que esta grande manifestação do poder de Deus teve apenas momentânea influência sobre eles. Por sete dias, os animais foram entrando na arca, e Noé os dispunha nos lugares preparados para eles. 

    Enquanto a raça condenada contemplava o Sol a resplandecer em sua glória, e a Terra vestida quase em edênica beleza, baniram seus temores crescentes com divertimento ruidoso e, com suas ações de violência, pareciam convidar sobre si o castigo da ira de Deus, já despertada. 

    Tudo estava pronto para o fechamento da arca, o que não podia ter sido feito de dentro por Noé. A multidão escarnecedora viu um anjo descer do Céu, vestido com luz deslumbrante semelhante a um relâmpago. Ele fechou a maciça porta, e então outra vez tomou seu caminho de volta para o Céu. 

    Sete dias estiveram a família de Noé na arca antes que a chuva começasse a descer sobre a Terra. 

 Foi nesse tempo que eles fizeram as adaptações para a sua longa permanência, enquanto as águas estivessem sobre a Terra. E estes foram dias de divertimento blasfemo da multidão incrédula. Pensavam, porque a profecia de Noé não se cumprira imediatamente depois de sua entrada na arca, que ele estava enganado e que era impossível que o mundo fosse destruído por um dilúvio. Antes disso, não tinha havido chuva sobre a Terra. Um vapor erguia-se das águas, que Deus fazia voltar à noite como orvalho, para reviver a vegetação e levá-la a florescer. 

    Não obstante a solene exibição do poder de Deus que tinham testemunhado - a inusitada ocorrência dos animais deixando as florestas e campos e entrando na arca, o anjo de Deus vestido de luz deslumbrante e em terrível majestade descendo do Céu e cerrando a porta - ainda endureceram o coração e continuaram a divertir-se e zombar das notáveis manifestações do poder divino. 

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