quarta-feira, 2 de março de 2016

50 (História da Redenção) A Segunda Mensagem angélica - Primeira Parte



As igrejas que recusaram receber a primeira mensagem angélica rejeitaram luz celestial. A mensagem foi misericordiosamente enviada para levá-los a ver sua verdadeira condição de mundanismo e afastamento, e para buscarem o preparo para o encontro com o Senhor.
A primeira mensagem angélica foi dada para separar a igreja de Cristo da influência corruptora do mundo. Todavia, para a multidão, mesmo os professos cristãos, as amarras que os prendiam à Terra eram mais poderosas do que os atrativos celestiais. Escolheram dar ouvidos à voz da sabedoria terrena e deram as costas à vigorosa mensagem da verdade.
Deus concede luz para ser acalentada e obedecida, não para ser desprezada e rejeitada. A luz que Ele envia torna-se trevas para os que a rejeitam. Quando o Espírito de Deus cessa de impressionar o coração humano com a verdade, todo o ouvir é vão, assim como também é vã toda a pregação.
Quando as igrejas repeliram o conselho divino, ao rejeitarem a mensagem do advento, também o Senhor as rejeitou. O primeiro anjo é seguido por um segundo, que proclama: "Caiu, caiu Babilônia, aquela grande cidade que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição." Apocalipse 14:8. Esta mensagem foi entendida pelos adventistas como o anúncio da queda moral das igrejas em conseqüência de sua rejeição da primeira mensagem. A proclamação "Caiu Babilônia" (Apocalipse 14:8), foi dada no verão de 1844, e como resultado, cerca de cinqüenta mil abandonaram estas igrejas.
Os que pregaram a primeira mensagem não tinham o propósito nem a esperança de causar divisão nas igrejas, nem formar organizações separadas. "Em todos os meus trabalhos", disse Miller, "nunca tive o desejo ou o pensamento de criar qualquer interesse separado do das denominações existentes, ou de beneficiar uma em detrimento de outra. Pensava em beneficiar a todas. Supondo que todos os cristãos se regozijassem com a perspectiva da vinda de Cristo, e que os que não viam as coisas como eu as via, não haveriam de menosprezar aqueles que abraçassem essa doutrina, não pensei em qualquer necessidade de reuniões separadas. Todo o meu objetivo se concentrava no desejo de converter almas a Deus, cientificar o mundo do juízo vindouro e induzir meus semelhantes a fazer o preparo de coração que os habilitaria a encontrar-se com seu Deus em paz. A grande maioria dos que se converteram pelos meus trabalhos, uniram-se às várias igrejas existentes. Quando pessoas vinham a mim para inquirir-me quanto a seu dever, eu sempre as mandava ir para onde se sentissem em casa; nunca favoreci nenhuma denominação com meus conselhos para tais pessoas."
Por algum tempo muitas igrejas receberam bem o seu trabalho, mas decidindo-se contra a verdade do advento, desejaram suprimir todo o exame desse assunto. Aqueles que haviam aceitado a mensagem foram colocados numa posição de grande provação e perplexidade. Amavam suas igrejas, e relutavam separar-se delas, mas, sendo ridicularizados e oprimidos, e negado o privilégio de falarem de sua esperança, ou de assistirem às pregações sobre a vinda do Senhor, muitos afinal se levantaram e lançaram de si o jugo que lhes fora imposto.
Os adventistas, vendo que as igrejas rejeitavam o testemunho da Palavra de Deus, não mais podiam considerá-las como constituindo a igreja de Cristo, "coluna e firmeza da verdade" (I Timóteo 3:15); e quando a mensagem "Caiu Babilônia" (Apocalipse 14:8), começou a ser anunciada, eles se sentiram justificados da separação de sua antiga associação.

Desde a rejeição da primeira mensagem, uma triste mudança ocorreu nas igrejas. Quando a verdade é desprezada, o erro é recebido e acariciado. O amor a Deus e a fé em Sua Palavra esfriaram. As igrejas ofenderam o Espírito do Senhor, e este tem sido em grande medida retirado delas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário