domingo, 25 de setembro de 2016

23 ( Parábolas de Jesus) Porque Vem a Ruína - Segunda Parte



Tirando Israel do Egito, o Senhor novamente mostrou Seu poder e misericórdia. Suas maravilhosas obras no livramento da escravidão e Seu modo de proceder para com eles em suas peregrinações pelo deserto, não eram somente para seu próprio benefício. Deveriam ser uma lição objetiva para as nações circunvizinhas. O Senhor Se revelou como Deus sobre toda autoridade e grandeza humanas. Os sinais e maravilhas que operou a favor de Seu povo, revelaram Seu poder sobre a Natureza e sobre o maior dos que a adoravam. Deus passou pelo altivo Egito como passará nos últimos dias por toda a Terra. Com fogo e tempestade, terremoto e morte, o grande "Eu Sou" livrou Seu povo; tirou-os da terra da escravidão. Conduziu-os através daquele "grande e terrível deserto de serpentes ardentes, e de escorpiões, e de secura". Deuteronômio 8:15. Fez sair água para eles "da rocha do seixal" (Deuteronômio 8:15), e alimentou-os com "trigo do Céu". Salmos 78:24. "Porque", disse Moisés, "a porção do Senhor é o Seu povo; Jacó é a parte da Sua herança. Achou-o na terra do deserto e num ermo solitário cheio de uivos; trouxe-o ao redor, instruiu-o, guardou-o como a menina do Seu olho. Como a águia desperta o seu ninho, se move sobre os seus filhos, estende as suas asas, toma-os e os leva sobre as suas asas, assim, só o Senhor o guiou; e não havia com ele deus estranho." Deuteronômio 32:9-12. Deste modo atraiu-os a Si para que habitassem sob a sombra do Altíssimo.
Cristo era o guia dos filhos de Israel em suas peregrinações no deserto. Envolto na coluna de nuvem durante o dia e na de fogo durante a noite, os conduziu e guiou. Preservou-os dos perigos do deserto; levou-os à terra da promessa, e diante de todas as nações que não conheciam a Deus, estabeleceu Israel como Sua possessão peculiar, a vinha do Senhor.
A este povo foram confiados os oráculos de Deus. Eram circunvalados pelos preceitos de Sua lei, os eternos princípios de verdade, justiça e pureza. A obediência a estes princípios devia ser sua proteção, pois os salvaria de se destruírem por práticas pecaminosas. E como a torre na vinha, Deus colocou no meio da terra Seu santo templo.
Cristo era o instrutor. Como estivera com eles no deserto, assim também continuaria a ser o mestre e guia. No tabernáculo e no templo Sua glória habitava no santo "shekinah" sobre o propiciatório. Em favor deles manifestou constantemente as riquezas de Seu amor e paciência.
Deus desejava fazer do povo de Israel um louvor e glória. Todos os privilégios espirituais lhes foram concedidos. Deus nada reteve que pudesse ser útil para a formação do caráter que os tornaria representantes Seus.
Sua obediência à lei de Deus os tornaria uma maravilha de prosperidade ante as nações do mundo. Ele que lhes podia dar sabedoria e perícia em todo artifício, continuaria a ser seu mestre, e os enobreceria e elevaria pela obediência a Suas leis. Se fossem obedientes seriam preservados das enfermidades que afligiam outras nações, e abençoados com vigor intelectual. A glória de Deus, Sua majestade e poder deveriam ser revelados em toda a sua prosperidade. Deveriam ser um reino de sacerdotes e príncipes. Deus lhes proveu toda a possibilidade de se tornarem a maior nação da Terra.
De modo definido, mediante Moisés, apresentou-lhes Cristo o propósito de Deus, e esclareceu-lhes as condições de sua prosperidade. "Povo santo és ao Senhor, teu Deus", disse Ele: "O Senhor, teu Deus, te escolheu, para que Lhe fosses o Seu povo próprio, de todos os povos que sobre a Terra há. Saberás, pois, que o Senhor, teu Deus, é Deus, o Deus fiel, que guarda o concerto e a misericórdia até mil gerações aos que O amam e guardam os Seus mandamentos. Guarda, pois, os mandamentos, e os estatutos, e os juízos que hoje te mando fazer. Será, pois, que, se, ouvindo estes juízos, os guardardes e fizerdes, o Senhor, teu Deus, te guardará o concerto e a beneficência que jurou a teus pais; e amar-te-á, e abençoar-te-á, e te fará multiplicar, e abençoará o fruto do teu ventre, e o fruto da tua terra, o teu cereal, e o teu mosto, e o teu azeite, e a criação das tuas vacas, e o rebanho do teu gado miúdo, na terra que jurou a teus pais dar-te. Bendito serás mais do que todos os povos. ... E o Senhor de ti desviará toda enfermidade; sobre ti não porá nenhuma das más doenças dos egípcios, que bem sabes." Deuteronômio 7:6, 9, 11-15.
Se guardassem os mandamentos, Deus lhes prometeu dar o mais belo trigo e tirar-lhes mel da rocha. Com longa vida os havia de satisfazer e havia de mostrar-lhes Sua salvação.

Por desobediência a Deus, Adão e Eva perderam o Éden, e por causa do pecado toda a Terra foi amaldiçoada. Mas se o povo de Deus seguisse as instruções, sua terra seria restaurada à fertilidade e beleza. Deus mesmo lhes dera ensinos quanto à cultura do solo, e deveriam cooperar em sua restauração. Assim, toda a Terra, sob a direção de Deus, se tornaria uma lição objetiva da verdade espiritual. Assim como, em obediência às leis naturais, a terra deve produzir seus tesouros, da mesma forma, como em obediência à Sua lei moral o coração do povo deveria refletir os atributos de Seu caráter em obediência à Sua lei moral. Até os pagãos reconheceriam a superioridade dos que servem e adoram o Deus vivo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário