sábado, 23 de abril de 2016

09 ( No Deserto da Tentação) A Tentação



No desolado deserto Ele não estava em posição favorável para suportar as tentações de Satanás, como estava Adão quando foi tentado no Éden. O Filho de Deus humilhou-Se a Si mesmo e tomou a natureza humana após a humanidade ter-se desviado do Éden por quatro mil anos, do seu estado original de pureza e retidão. O pecado fez por séculos suas terríveis marcas sobre a humanidade; e a degeneração física, mental e moral prevaleceu em toda a família humana.
Quando Adão foi assaltado pelo tentador no Éden, estava sem a mancha do pecado. Achava-se na força de perfeita varonilidade. Todos os órgãos e faculdades do seu ser estavam igualmente desenvolvidos e harmoniosamente equilibrados.
Cristo, no deserto da tentação, ficou no lugar de Adão para suportar a prova que ele deixou de resistir. Aqui, Cristo venceu em favor do pecador, quatro mil anos após Adão dar as costas à luz de seu lar. Separada da presença de Deus, a família humana afastou-se mais e mais, em cada geração sucessiva, da pureza e sabedoria originais, e do conhecimento que Adão possuía no Éden. Cristo herdou os pecados e enfermidades humanos como existiam quando Ele veio à Terra para ajudar o homem. Em favor da humanidade, com as fraquezas do homem caído sobre Si, enfrentou as tentações de Satanás em todos os pontos em que o homem podia ser assaltado.
Adão estava cercado por tudo aquilo que desejava o seu coração. Todo o seu desejo era satisfeito. Não havia pecado nem sinais de decadência no glorioso Éden. Anjos de Deus conversavam livre e amorosamente com o santo par. Felizes pássaros canoros entoavam livres e regurgitantes seus cânticos de louvor ao Criador. Os animais pacíficos, em feliz inocência, brincavam ao redor de Adão e Eva, obedientes a sua palavra. Adão estava na sua perfeição de varonilidade, a obra mais nobre do Criador. Era a imagem de Deus, um pouco menor do que os anjos.



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