quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

41 ( História da Redenção ) Anos de Ministério de Paulo - Parte Final




                                        Um Obreiro Adaptável

Vede Paulo no cárcere de Filipos, onde, a despeito de seu ferido corpo, elevava um hino de louvor no silêncio da meia-noite. Depois do terremoto que abriu as portas da prisão, sua voz ouviu-se de novo, em palavras de ânimo ao carcereiro gentio: "Não te faças nenhum mal, que todos aqui estamos!" (Atos 16:28) - cada homem em seu lugar, contidos pela presença de um companheiro de prisão. E o carcereiro, convencido da realidade da fé que sustentava Paulo, inquire acerca do caminho da salvação, e com toda a sua casa une-se aos perseguidos discípulos de Cristo.
Vede Paulo em Atenas, diante do concílio do Areópago, quando enfrenta ciência com ciência, lógica com lógica e filosofia com filosofia. Observai como, com tato nascido do amor divino, ele aponta a Jeová como o DEUS DESCONHECIDO, que seus ouvintes têm adorado ignorantemente; e em palavras tiradas de um de seus próprios poetas, pinta-O como um Pai, cujos filhos eles são. Ouvi-o, nessa época de castas, quando os direitos do homem como homem eram inteiramente negados, como ele expõe a grande verdade da fraternidade humana, declarando que Deus "de um só fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da Terra". Atos 17:26.
Então, mostra como, através de todo trato de Deus com o homem, Seus propósitos de graça e misericórdia estão entretecidos como tessitura de ouro. Ele tem determinado "os tempos já dantes ordenados, e os limites da Sua habitação; para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, O pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós". Atos 17:26 e 27.
Ouvi-o na corte de Festo, quando o rei Agripa, convencido da verdade do evangelho, exclama: "Por pouco me queres persuadir a que me faça cristão!" Atos 26:28. Com que gentil cortesia, apontando para suas próprias cadeias, Paulo responde: "Prouvera a Deus que, ou por pouco ou por muito, não somente tu, mas também todos quantos hoje me estão ouvindo se tornassem tais qual eu sou, exceto estas cadeias." Atos 26:29.
Assim transcorreu sua vida, descrita em suas próprias palavras, "em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos; em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez." II Cor. 11:26 e 27.
Disse mais: "Somos injuriados, e bendizemos; somos perseguidos, e sofremos: somos blasfemados, e rogamos" (I Cor. 4:12 e 13); "contristados, mas sempre alegres: como pobres, mas enriquecendo a muitos: como nada tendo, e possuindo tudo." II Cor. 6:10.

Ministério em Cadeias
Embora ele ficasse prisioneiro por longo tempo, o Senhor promoveu Sua obra especial por intermédio dele. Suas prisões deviam ser um meio de disseminação do evangelho de Cristo, e assim, de glorificação a Deus. Ao ser enviado de cidade a cidade para julgamento, seu testemunho sobre Jesus e os interessantes incidentes de sua própria conversão eram relatados perante reis e governadores, ficando eles sem escusas com respeito a Jesus. Milhares criam nEle e se regozijavam em Seu nome.
Vi que o especial propósito de Deus fora cumprido na viagem marítima de Paulo. Ele desejava que a tripulação dessa maneira testemunhasse o poder de Deus por intermédio de Paulo e que os pagãos também ouvissem o nome de Jesus. Assim muitos seriam convertidos mediante os ensinos de Paulo e os milagres que ele operava. Reis e governadores encantavam-se com o seu raciocínio, e ao pregar a Jesus com zelo e o poder do Espírito Santo e ao relatar os interessantes acontecimentos de sua experiência, ficavam possuídos da convicção de que Jesus era o Filho de Deus.


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