quarta-feira, 10 de setembro de 2014

26 ( História da Redenção) Cristo é Traido - Parte Final




                                                                           No Jardim 

    Eis Jesus no horto, com Seus discípulos. Com profunda tristeza mandou-lhes que vigiassem e orassem, para não caírem em tentação. Sabia que sua fé deveria ser provada, e suas esperanças iludidas, e que necessitariam de toda força que pudessem obter por um atento vigiar e fervorosa oração. Com fortes brados e pranto, Jesus orou: "Pai, se queres, passa de Mim este cálice, todavia não se faça a Minha vontade, mas a Tua." Lucas 22:42. O Filho de Deus orava com agonia. Grandes gotas de sangue juntavam-se em Seu rosto e caíam ao chão. Anjos pairavam no local, testemunhando aquela cena, mas apenas um foi comissionado para ir fortalecer o Filho de Deus em Sua agonia. Não havia alegria no Céu. Os anjos lançaram de si as coroas e harpas, e com o mais profundo interesse observavam silenciosamente a Jesus. Desejavam cercar o Filho de Deus, mas o anjo comandante não lhes permitiu, para que não acontecesse, ao contemplarem eles Sua traição, que O livrassem; pois o plano tinha sido formulado e deveria cumprir-se. 

    Depois que Jesus orou, veio a Seus discípulos; eles, porém, estavam a dormir. Naquela hora terrível Ele não tinha a simpatia e oração nem mesmo de Seus discípulos. Pedro, tão   zeloso fora algum tempo antes, estava carregado de sono. Jesus lembrou-lhe suas positivas declarações, dizendo-lhe: "Então, nem uma hora pudeste vigiar comigo?" Matheus  26:40. Três vezes o Filho de Deus orou com agonia. 

                                                        Judas Trai a Jesus 

    Então apareceu Judas, com seu grupo de homens armados. Aproximou-se de seu Mestre como de costume, para O saudar. O grupo rodeou a Jesus; mas ali manifestou Ele o Seu poder divino, quando disse: "A quem buscais? ... Sou Eu." João 18:4 e 5. Eles caíram para trás, por terra. Jesus fez esta pergunta para que pudessem testemunhar o Seu poder, e ter provas de que Ele poderia livrar-Se de suas mãos, se o quisesse. 

    Os discípulos começaram a ter esperanças, ao verem a multidão com suas lanças e espadas cair tão rapidamente. Levantando-se e de novo cercando o Filho de Deus, Pedro arrancou a espada e feriu um servo do sumo sacerdote, cortando-lhe uma orelha. Jesus mandou-lhe que pusesse a espada em seu lugar, dizendo: "Ou pensas tu que Eu não poderia agora orar a Meu Pai, e que Ele não Me daria mais de doze legiões de anjos?" Matheus 26:53. Vi que, ao serem faladas estas palavras, os rostos dos anjos se animaram com esperança. Desejavam naquele momento, ali mesmo, rodear seu Comandante e dispersar a turba irosa. Mas, de novo a tristeza caiu sobre eles, quando Jesus acrescentou: "Como pois se cumpririam as Escrituras, que dizem que assim convém que aconteça?" Matheus 26:54. O coração dos discípulos também caiu em desespero e amargo desapontamento, ao deixar-Se Jesus ser levado pelos Seus inimigos. 

    Os discípulos temeram pela própria vida, e todos eles O abandonaram e fugiram. Jesus foi deixado só nas mãos da turba assassina. Oh, que triunfo então houve    para Satanás! E que tristeza e pesar entre os anjos de Deus! Muitos grupos de santos anjos, cada qual com um alto anjo comandante à sua frente, foram enviados para testemunhar a cena. Deveriam registrar todo insulto e crueldade impostos ao Filho de Deus, e todo o transe de angústia que Jesus sofresse; pois os mesmos homens que se uniram nesta cena terrível devem vê-la toda outra vez, em vívidos caracteres. 


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