sexta-feira, 27 de junho de 2014

17 ( História da Redenção) A Lei de Deus - Parte Final



                                                Escrita em Tábuas de Pedra 

    Para deixá-los sem justificativas, o próprio Senhor condescendeu em descer sobre o Sinai, envolto em glória e circundado por Seus anjos, e na mais sublime e terrível maneira fez conhecida a Sua lei dos Dez Mandamentos. Não confiou o seu ensino a ninguém, nem mesmo aos anjos, mas proclamou Sua lei com voz audível aos ouvidos de todo o povo. Não a confiou mesmo então à curta memória de um povo que fora propenso a esquecer Seus reclamos, mas escreveu-a com Seu próprio dedo santo sobre tábuas de pedra. Tiraria deles toda possibilidade de misturarem com Seus santos preceitos qualquer tradição, ou de confundirem Suas exigências com as práticas de homens. 

    Ele então Se aproximou ainda mais de Seu povo, que tinha sido tão pronto a extraviar-se, pois não queria deixá-los meramente com os dez preceitos do Decálogo. Ordenou que Moisés escrevesse juízos e leis, conforme os ditasse, dando minuciosas instruções quanto ao que Ele requeria que realizassem, e assim resguardou os dez preceitos que havia gravado sobre as tábuas de pedra. Estas específicas instruções e reclamos foram dados para atrair o errante à obediência da lei moral, à qual era tão propenso a transgredir. 

    Se o homem tivesse guardado a lei de Deus, tal como foi dada a Adão depois da queda, preservada na arca por Noé, e observada por Abraão, não teria havido necessidade da ordenança da circuncisão. E se os descendentes de Abraão tivessem guardado a aliança, da qual a circuncisão era um sinal ou compromisso, jamais teriam eles caído na idolatria nem teria sido permitido descerem ao Egito, e tampouco teria havido necessidade de Deus proclamar Sua lei do Sinai gravando-a sobre tábuas de pedra e guardando-a por definidas instruções nos juízos e estatutos de Moisés. 

                                                Os Juízos e Estatutos 

Moisés escreveu estes juízos e estatutos da boca de Deus enquanto estava com Ele no monte. Se o povo de Deus tivesse obedecido aos princípios dos Dez Mandamentos, não teria sido necessário dar a Moisés instruções específicas, que ele escreveu num livro, relativas ao seu dever para com Deus e de uns para com os outros. As definidas instruções que o Senhor deu a Moisés quanto à obrigação de Seu povo, uns para com os outros, e para com o estrangeiro, são os princípios dos Dez Mandamentos simplificados e dados de maneira definida, de modo que eles não precisavam errar. 

    O Senhor instruiu a Moisés definidamente quanto aos sacrifícios cerimoniais, que deviam cessar com a morte de Cristo. O sistema de sacrifícios simbolizava o oferecimento de Cristo como um Cordeiro sem manchas. 

    O Senhor primeiro estabeleceu o sistema de ofertas sacrificais, com Adão depois da queda, e este o ensinou aos seus descendentes. Esse sistema foi corrompido antes do dilúvio por aqueles que se separaram dos fiéis seguidores de Deus e se empenharam na construção da torre de Babel. Eles sacrificaram aos deuses de sua própria feitura, em vez de ao Deus dos Céus. Ofereceram sacrifícios, não porque tivessem fé no Redentor por vir, mas porque pensavam que deviam agradar seus deuses pelo oferecimento de muitos animais sobre poluídos altares idólatras. Sua superstição levou-os a grandes extravagâncias. Ensinavam ao povo que, quanto mais valioso o sacrifício, maior prazer ele daria a seus ídolos e maior seria a prosperidade e a riqueza de sua nação. Portanto, seres humanos eram freqüentemente sacrificados a estes ídolos insensíveis. Aquelas nações possuíam, para controlar as ações do povo, leis e regulamentos que era cruéis ao extremo. Suas leis eram feitas por aqueles cujo coração não fora suavizado pela graça; enquanto passavam por alto os mais degradantes crimes, uma pequena ofensa acarretava a mais cruel punição por parte dos que tinham autoridade. 

    Moisés tinha isso em vista quando disse a Israel: "Vedes aqui vos tenho ensinado estatutos e juízos, como me mandou o Senhor meu Deus: para que assim façais no meio da terra a qual ides a herdar. Guardai-os pois, e fazei-os, porque esta será a vossa sabedoria e o vosso entendimento perante os olhos dos povos, que ouvirão todos estes estatutos, e dirão: Este grande povo só é gente sábia e entendida. Porque, que gente há tão grande, que tenha deuses tão chegados como o Senhor nosso Deus, todas as vezes que O chamamos? E que gente há tão grande, que tenha estatutos e juízos tão justos como toda esta lei que hoje dou perante vós?" Deuteronômio 4:5-8. 

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