sexta-feira, 13 de junho de 2014

16 (História da Redenção) Jornadas de Israel - Parte 1




  Os filhos de Israel viajaram pelo deserto e, por três dias, não puderam achar boa água para beber. Sofrendo com a sede "o povo murmurou contra Moisés, dizendo: Que havemos de beber? E ele clamou ao Senhor, e o Senhor mostrou-lhe um lenho que lançou nas águas, e as águas se tornaram doces: ali lhes deu estatutos e uma ordenação, e ali os provou. E disse: Se ouvires atento a voz do Senhor teu Deus, e obrares o que é reto diante de Seus olhos, e inclinares os teus ouvidos aos Seus mandamentos, e guardares todos os Seus estatutos, nenhuma das enfermidade porei sobre ti, que pus sobre o Egito; porque Eu sou o Senhor que te sara." Êxodo 15:24-26. 

    Os filhos de Israel mostraram possuir um mau coração de incredulidade. Não estavam dispostos a suportar as durezas do deserto. Quando deparavam com dificuldades no caminho, consideravam-nas como impossibilidades. Sua confiança em Deus falhava, e eles não viam ante si coisa alguma senão a morte. "Toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e Aarão no deserto. E os filhos de Israel disseram-lhes: Quem dera que nós morrêssemos por mão do Senhor na terra do Egito,    quando estávamos sentados junto às panelas da carne, quando comíamos pão até fartar! porque nos tendes tirado para este deserto, para matardes de fome a toda esta multidão." Êxodo 16:2 e 3. 

    Na verdade, eles não tinham sofrido a agonia da fome. Tinham alimento para o presente, mas estavam temerosos pelo futuro. Não viam como as multidões de Israel subsistiriam, em sua longa jornada através do deserto, com o simples alimento que então possuíam, e na sua descrença viam seus filhos a perecer de fome. O Senhor permitiu que escasseasse o suprimento de alimentos e que as dificuldades os rodeassem, para que seu coração se voltasse Àquele que até ali os ajudara, e nEle cressem. Estava pronto para ser-lhes um auxílio presente. Se em sua necessidade O invocassem, Ele lhes manifestaria sinais de Seu amor e contínuo cuidado. 

    Entretanto pareciam não dispostos a continuar confiando no Senhor, a não ser que pudessem testemunhar diante de seus olhos a contínua evidência de Seu poder. Se tivessem possuído verdadeira fé e firme confiança em Deus, inconveniências, obstáculos e mesmo sofrimentos reais teriam sido alegremente suportados, visto que o Senhor operara de modo tão maravilhoso para seu livramento da servidão. Além disso, o Senhor prometeu que, se fossem obedientes aos Seus mandamentos, nenhuma enfermidade viria sobre eles, pois disse: "Eu sou o Senhor que te sara." Êxodo 15:26. 

    Depois desta segura promessa de Deus era pecaminosa incredulidade de sua parte temer antecipadamente que eles e seus filhos pudessem morrer à fome. Tinham sofrido grandemente no Egito, sobrecarregados de trabalho. Seus filhos tinham sido condenados à morte e, em resposta a suas orações de angústia, Deus misericordiosamente os livrara. Prometera ser o seu Deus, tomá-los para Si como um povo, e guiá-los a uma terra larga e boa. 


    Mas, eles estavam prontos a desfalecer a cada sofrimento que tivessem de suportar no caminho para aquela terra. Tinham suportado muito mais em serviço aos egípcios, porém agora não podiam suportar o sofrimento em serviço a Deus. Estavam prontos a ceder a suas sombrias dúvidas e a mergulhar no desencorajamento quando fossem tentados. Murmuraram contra o devoto servo de Deus, Moisés, e o responsabilizaram por todo o seu sofrimento. Expressaram ainda o desejo ímpio de permanecer no Egito, onde se podiam assentar junto às panelas de carne e comer pão a fartar. 

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