Após ter sido condenado pelos
juízes do Sinédrio, Cristo foi levado à presença de Pilatos, governador romano,
para que a sentença fosse confirmada e executada. Os sacerdotes judeus não
podiam entrar na sala de julgamento de Pilatos. De acordo com as leis
cerimoniais, tal ato os tornava imundos e os excluía da participação da festa
da Páscoa.
Em sua cegueira, não viam
que Cristo era o verdadeiro Cordeiro da Páscoa e que ao rejeitá-Lo, a grande
festa havia perdido seu significado.
Quando Pilatos olhou para
Jesus, notou nEle um homem de aspecto nobre e de porte digno. Em Seu semblante
não havia nenhuma expressão de delito. Voltando-se para os sacerdotes,
perguntou: "Que acusação trazeis contra Este homem?" João 18:29.
Seus acusadores, que não
desejavam entrar em pormenores, não estavam preparados para essa pergunta.
Sabiam que não possuíam nenhuma evidência confiável para que o governador
romano condenasse Jesus. Então suscitaram contra Ele falsas testemunhas que disseram: "Encontramos Este homem pervertendo a nossa
nação, vedando pagar tributo a César e afirmando ser Ele o Cristo, o Rei."
Lucas 23:2.
Isso era mentira pois Cristo havia
claramente sancionado o pagamento de tributo a César. Quando os escribas
interrogaram-No sobre essa questão, tentando armar-Lhe uma cilada, respondeu:
"Daí, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus."
Matheus 22:21.
Pilatos não se deixou enganar pelo depoimento
das falsas testemunhas. Voltou-se para o Salvador e perguntou:
"És Tu o Rei dos judeus? Respondeu-lhe
Jesus: Tu o dizes." Matheus 27:11.
Ao ouvirem essa resposta, Caifás e os que
o acompanhavam apelaram para o testemunho que o próprio Pilatos acabava de
ouvir dos lábios de Jesus, de que Ele era, de fato, culpado do crime de que O
acusavam. Em altos brados, pediram Sua condenação à morte.
Pilatos estava perplexo. Não
havia encontrado qualquer indício de crime em Jesus. E não confiava naqueles
que O acusavam. O porte nobre e a conduta discreta do Salvador contrastavam diretamente
com a exaltação e fúria de seus acusadores. Isso impressionou o governador a
ponto de convencê-lo da inocência de Cristo.
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