segunda-feira, 14 de abril de 2014

A Última Pascoa




    Os filhos de Israel celebraram a primeira Páscoa na ocasião em que foram libertados da escravidão no Egito. 

    Deus lhes prometera libertação. Disse-lhes que o primogênito de cada família egípcia seria morto. 

    Ordenara-lhes que marcassem as ombreiras da porta com o sangue de um cordeiro para que quando o anjo exterminador estivesse fazendo seu trabalho, passasse por alto a habitação dos hebreus. 

    Deveriam assar aquele mesmo cordeiro e comê-lo à noite com pães asmos e ervas amargas que representavam a amargura da escravidão. 

    Ao comerem a carne do animal, deveriam estar prontos para a jornada, tendo os pés calçados e o cajado na mão. 

    Fizeram como o Senhor lhes instruíra e, naquela mesma noite, o rei do Egito ordenou-lhes que deixassem o país. Pela manhã, iniciaram a viagem rumo à terra prometida. Desde aquele dia, os israelitas costumavam celebrar a Páscoa todos os anos,  em memória daquela noite em que foram libertos do jugo da servidão. Naquela ocasião, o povo congregava-se em Jerusalém para ali comemorar o evento. Cada família preparava um cordeiro que comiam acompanhado de ervas amargas como seus antepassados no Egito e contavam aos filhos como Deus fora misericordioso com eles, libertando-os da escravidão. 

    Chegara o tempo em que Jesus devia comemorar a festividade com Seus discípulos e pediu a Pedro e a João que encontrassem um lugar e preparassem a ceia da Páscoa. 
    Centenas de pessoas vinham a Jerusalém para a celebração e os habitantes da cidade se dispunham a ceder um cômodo da casa para os visitantes fazerem sua comemoração. 
    O Salvador dissera a Pedro e a João que ao saírem pelas ruas encontrariam um homem com um cântaro de água. Deveriam então segui-lo até a casa em que entrasse e dizer ao dono da casa: 

    "O Mestre manda perguntar-te: Onde é o aposento no qual hei de comer a Páscoa com os Meus discípulos?" Luc. 22:11. 

    Esse homem deveria então mostrar-lhes uma sala espaçosa no andar superior da casa, provida com tudo de que precisavam e ali deveriam preparar a ceia pascal. Tudo aconteceu conforme Jesus havia dito. 

    Na hora da ceia, os discípulos estavam a sós com Jesus. Outras vezes em que a festa foi comemorada em companhia do Mestre, havia sido sempre uma ocasião de grande alegria; agora, porém, Jesus estava com o espírito atribulado. 

    Finalmente, disse-lhes com a voz embargada pela tristeza: 

    "Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes do Meu sofrimento." Lucas. 22:15. 

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