Aqueles que haviam ignorado as advertências de Noé e
ridicularizado o fiel pregador da justiça arrependeram-se demasiado tarde de
sua descrença. A arca era severamente agitada e sacudida. Os animais, dentro,
em suas variadas vozes, exprimiam medo selvagem; mas em meio a toda fúria dos
elementos, a elevação das águas e o arremesso violento de pedras e árvores, a
arca flutuava em segurança. Anjos magníficos em poder guiavam a arca,
preservando-a de danos. Cada momento, durante a terrível tempestade de quarenta
dias e quarenta noites, a preservação da arca foi um milagre do
Todo-poderoso.
Os animais, expostos à
tempestade, corriam para os homens, buscando unir-se com os seres humanos, como
a esperar deles auxílio. Alguns dentre o povo amarraram seus filhos e a si
mesmos em cima de animais poderosos, sabendo que estes se apegariam à vida, e
subiriam aos pontos mais altos para escaparem das águas que se elevavam. A
tempestade não abrandou sua fúria - as águas aumentaram mais rapidamente do que
no começo. Alguns ataram-se a altas árvores sobre os elevados pontos da terra,
mas essas árvores foram desarraigadas e lançadas com violência através do
ar, como que arremessadas furiosamente, com pedras e terra, nas elevadas e
encapeladas ondas. Sobre os mais elevados pontos, seres humanos e animais
lutavam para manter sua posição, até que todos foram arremessados dentro das
águas enfurecidas, que quase alcançavam os locais mais altos da Terra. Os
pontos mais elevados foram afinal alcançados, e homens e animais igualmente
pereceram pelas águas do dilúvio.
Noé e sua família ansiosamente
esperaram o recuo das águas, pois almejavam sair de novo à terra. Ele soltou um
corvo que voava da arca para fora e voltava para a arca. Não obtendo a
informação que desejava, soltou uma pomba, que, não encontrando onde pousar,
retornou à arca. Depois de sete dias a pomba foi novamente solta e, quando se
viu em seu bico uma folha de oliveira, houve grande regozijo por parte desta
família de oito pessoas, que tinha passado tão longo tempo fechada na
arca.
Novamente um anjo desceu e abriu a porta
da arca. Noé podia remover a cobertura, mas não podia abrir a porta que Deus
fechara. Deus falou a Noé mediante o anjo que abriu a porta, e ordenou à sua
família que saísse da arca tomando consigo todos os seres vivos.
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