domingo, 6 de abril de 2014

8 - O Dilúvio - Parte 1




Os descendentes de Sete foram chamados filhos de Deus; os descendentes de Caim, filhos dos homens. Como os filhos de Deus se misturassem com os filhos dos homens, tornaram-se corruptos e, pela união em casamento com eles, perderam, mediante a influência de suas esposas, seu peculiar e santo caráter, e uniram-se com os filhos de Caim em sua idolatria. Muitos puseram de lado o temor de Deus e pisaram Seus mandamentos. Mas havia uns poucos que praticavam a justiça, que temiam e honravam o seu Criador. Noé e sua família estavam entre estes poucos justos. 

    A maldade do homem era tão grande, e aumentou a um ponto tão terrível, que Deus Se arrependeu de ter criado o homem sobre a Terra, pois viu que a maldade do homem era grande, e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era má continuamente. 

    Mais de uma centena de anos antes do dilúvio, o Senhor mandou um anjo ao fiel Noé para fazê-lo saber que Ele não mais teria misericórdia da raça corrupta. Mas não queria que ignorassem o Seu desígnio. Instruiria Noé e faria dele um fiel pregador para advertir o mundo da breve destruição, para que os habitantes da Terra ficassem sem escusas. Noé devia pregar ao povo, e também preparar uma arca como Deus lhe ia mostrar, para salvar a si e sua família. Não devia apenas pregar, mas seu exemplo em construir a arca devia convencer a todos de que ele cria no que pregava. 

    Noé e sua família não estavam sozinhos em temer e obedecer a Deus. Mas Noé era o mais piedoso e santo de todos sobre a Terra, e foi aquele cuja vida Deus preservou para levar a cabo a construção da arca e para advertir o mundo de sua condenação por vir. Matusalém, o avô de Noé, viveu até o próprio ano do dilúvio; houve outros que creram na pregação de Noé e o ajudaram na construção da arca, os quais morreram antes do dilúvio de águas vir sobre a Terra. Noé, pela sua pregação e exemplo em construir a arca, condenou o mundo. 

    Deus deu, a todos que desejassem, a oportunidade de arrepender-se e voltar-se para Ele. Mas não creram na pregação de Noé. Zombaram de suas advertências e ridicularizaram a construção daquele imenso navio em terra seca. Os esforços de Noé para reformar seus compatriotas não tiveram êxito. Mas, por mais de cem anos, ele perseverou em seus esforços para que os homens se arrependessem e voltassem a Deus. Cada pancada desferida sobre a arca pregava para o povo. Noé dirigia, pregava e trabalhava, enquanto o povo olhava com espanto e o considerava um fanático. 

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