quinta-feira, 3 de abril de 2014

7 - Sete e Enoque - Última Parte


  Trasladação de Enoque 

     Enoque continuou a tornar-se mais piedoso enquanto se comunicava com Deus. Sua face era radiante com a santa luz que permanecia em sua fisionomia enquanto instruía aqueles que vinham para ouvir suas sábias palavras. Sua aparência digna e celestial infundia às pessoas reverência. O Senhor amava a Enoque porque ele firmemente O seguia, aborrecendo a iniqüidade, e fervorosamente buscava conhecimento celestial, para fazer Sua vontade com perfeição. Ele anelava unir-se ainda mais estreitamente com Deus, a quem temia, reverenciava e adorava. Deus não permitiu a Enoque morrer como outros homens, mas enviou Seus anjos para levá-lo ao Céu sem ver a morte. Na presença de justos e ímpios Enoque foi removido deles. Aqueles que o amavam pensaram que Deus pudesse tê-lo deixado em algum de seus lugares de retiro, porém, depois de procurarem diligentemente por ele, e sendo incapazes de achá-lo, disseram que não se acharia mais, porque Deus o tomara. 
    O Senhor ensina aqui uma lição da maior importância pela trasladação de Enoque - um descendente do decaído Adão - que seriam recompensados todos que pela fé confiassem no sacrifício prometido e fielmente obedecessem a Seus mandamentos. Duas classes são aqui outra vez representadas como devendo existir até o segundo advento de Cristo - os justos e os ímpios, os rebeldes e os leais. Deus Se lembrará dos justos, que O temem. Em consideração a Seu amado Filho Ele os estimará e honrará, dando-lhes a vida eterna. Mas os ímpios, aqueles que pisam Sua autoridade, Ele os cortará da Terra e os destruirá, e serão como se nunca tivessem existido. 

    Depois da queda de Adão de um estado de perfeita felicidade para um estado de infelicidade e pecado, havia o perigo de os homens se tornarem desencorajados e inquirirem: "Inútil é servir a Deus: que nos aproveitou termos cuidado em guardar os Seus preceitos, e em andar de luto diante do Senhor dos Exércitos" (Malaquias 3:14), uma vez que a maldição celeste repousa sobre a raça humana, e a morte é a porção de todos nós? Mas as instruções que Deus dera a Adão, repetidas a Sete e plenamente exemplificadas por Enoque, iluminaram o caminho de trevas e escuridão, dando esperança ao homem de que, assim como por meio de Adão veio a morte, mediante Jesus, o Redentor prometido, viria vida e imortalidade. 

    No caso de Enoque, os desalentados fiéis foram ensinados que, embora vivendo entre pessoas corruptas e pecadoras, que estavam em aberta e ousada rebelião contra Deus, seu Criador, contudo se Lhe obedecessem e tivessem fé no Redentor prometido, eles podiam proceder com justiça como o fiel Enoque, ser aceitos por Deus, e finalmente exaltados ao Seu trono celestial. 

    Enoque, separando-se do mundo, e gastando muito de seu tempo em oração e comunhão com Deus, representa o leal povo de Deus nos últimos dias, que se há separar do mundo. A injustiça deverá prevalecer em terrível extensão sobre a Terra. Os homens se dedicarão a seguir toda  imaginação de seu corrupto coração e levar a cabo sua enganosa filosofia e rebelião contra a autoridade dos altos Céus. 

    O povo de Deus separar-se-á das práticas injustas dos que os rodeiam e procurará a pureza de pensamentos e santa conformidade com Sua vontade, até que Sua divina imagem seja refletida neles. Como Enoque, estarão se preparando para a trasladação ao Céu. Enquanto se esforçam para instruir e advertir o mundo, eles não se conformarão ao espírito e costumes dos descrentes, mas os condenarão por meio de seu santo procedimento e piedoso exemplo. A trasladação de Enoque para o Céu, pouco antes da destruição do mundo pelo dilúvio, representa a trasladação de todos os justos vivos da Terra antes da sua destruição pelo fogo. Os santos serão glorificados na presença daqueles que os odiaram por sua leal obediência aos justos mandamentos de Deus. 

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