sexta-feira, 14 de março de 2014

3 - Resultados da Rebelião - Parte 3


    A Conspiração Contra a Família Humana 


    Seus seguidores foram procurá-lo, e ele, erguendo-se e assumindo um ar de desafio, informou-os de seus planos para arrebatar de Deus o nobre Adão e sua companheira Eva. Se pudesse, de alguma forma, induzi-los à desobediência, Deus faria alguma provisão pela qual pudessem ser perdoados, e então, ele e todos os anjos caídos obteriam um provável meio de partilhar com eles a misericórdia de Deus. Se isto falhasse, podiam unir-se com Adão e Eva, pois, se    esses viessem a transgredir a lei divina ficariam sujeitos à ira de Deus, como eles próprios estavam. Sua transgressão os colocaria, também, num estado de rebelião, e eles podiam unir-se a Adão e Eva, tomar posse do Éden, e conservá-lo como seu lar. E se pudessem ter acesso à árvore da vida no meio do jardim, sua força seria, pensavam, igual à dos santos anjos, e nem mesmo o próprio Deus poderia expulsá-los. 

    Satanás manteve uma consulta com seus anjos ímpios. Eles não estavam todos prontamente unidos para se engajar neste perigoso e terrível trabalho. Declarou que não confiava em ninguém para cumprir esta obra, pois pensava que apenas ele era suficientemente sábio para levar avante um empreendimento tão importante. Desejava que considerassem o assunto, enquanto os deixaria e procuraria um retiro para consolidar seus planos. Procurou impressioná-los com o fato de que esta era sua final e única esperança. Se falhassem aqui, toda perspectiva de recuperação e controle do Céu ou de alguma parte da criação de Deus era sem esperança. 

    Satanás ficou sozinho para considerar seus planos de modo que fosse absolutamente certa a queda de Adão e Eva. Temia que seus propósitos pudessem ser derrotados. E mais, mesmo que tivesse sucesso em levar Adão e Eva a desobedecerem aos mandamentos de Deus, e assim se tornassem transgressores de Sua lei, e nenhum bem viesse a ele, seu próprio caso não seria melhorado; somente sua culpa seria aumentada.

    Estremeceu ao pensar em submergir o santo e feliz par na miséria e remorso que ele próprio sofria. Parecia indeciso: a um tempo, firme e determinado, em seguida, hesitando e vacilando. Seus anjos o procuraram a ele, seu líder, para dar-lhe a conhecer sua decisão. Estavam dispostos a unir-se   a Satanás em seus planos, e com ele assumir a responsabilidade e partilhar as conseqüências. 

    Satanás lançou fora seus sentimentos de desespero e fraqueza e, como líder deles, fortaleceu-se para enfrentar o problema e fazer tudo o que estivesse ao seu alcance para desafiar a autoridade de Deus e Seu Filho. Informou-os de seus planos. Se fosse audaciosamente ter com Adão e Eva para queixar-se do Filho de Deus, eles não o ouviriam por um momento, pois deviam estar preparados para tal ataque. Mesmo que procurasse intimidá-los com seu poder, até recentemente um anjo de elevada autoridade, nada poderia conseguir. Decidiu que a astúcia e o engano fariam o que a força ou o poder não lograriam. 

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