segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Novamente no lar


 

   "Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo. Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda." 1 Coríntios 15:22, 23*



   Por entre as oscilações da terra, o clarão do relâmpago e o estrondo do trovão, a voz do Filho de Deus chama os santos [...]. Por toda a extensão da Terra, os mortos ouvirão aquela voz, e os que ouvirem viverão. A Terra inteira ecoará o som dos passos da multidão extraordinariamente grande, composta de pessoas de toda nação, tribo, língua e povo. [...]

   Todos saem do túmulo com a mesma estatura que tinham quando entraram ali. Adão, que está em pé entre a multidão dos ressuscitados, apresenta grande altura e porte físico imponente, com uma estatura pouco menor que a do Filho de Deus. É notável o contraste entre Adão e as pessoas das gerações posteriores. Nesse detalhe se vê a grande degeneração sofrida pela raça humana. No entanto, todos ressurgem com a beleza e o vigor da eterna juventude. [...]

   Os resgatados são recebidos na cidade de Deus, e um triunfante clamor de adoração ecoa nos ares. O primeiro Adão está prestes a se encontrar com o segundo. O Filho de Deus está em pé, com os braços estendidos para receber o pai de nossa raça – o ser que Ele criou e que pecou contra seu Criador, e por cujo pecado os sinais da crucifixão aparecem no corpo do Salvador. Ao perceber as marcas dos ferimentos causados pelos pregos, Adão não abraça seu Senhor, mas se lança em humilhação aos Seus pés, exclamando: “Digno é o Cordeiro que foi morto” (Ap 5:12). Com ternura, o Salvador o levanta, convidando-o a contemplar de novo o lar edênico do qual, tanto tempo atrás, havia sido exilado. [...]

   Essa reunião é testemunhada pelos anjos que choraram quando Adão caiu em pecado e transbordaram de alegria quando Jesus ascendeu ao Céu, depois de ressurgido, tendo aberto a sepultura por todos os que cressem em Seu nome. Contemplam agora a obra da redenção completa e unem as vozes no cântico de louvor (O Grande Conflito, p. 534, 536, 537).


Ellen G. White, 2/7/1995

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