quinta-feira, 18 de novembro de 2021

As coisas eternas

 



   "Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas." 2 Coríntios 4:18



   O mundo de pecado não é nosso lar. Foi concedido a nós aqui um breve período de vida a fim de nos prepararmos para a eternidade. As coisas passageiras passarão, mas as eternas permanecerão.


   Nas arcadas da Catedral de Milão, há três inscrições interessantes. Na pedra de uma das arcadas, acha-se entalhado um ramalhete de rosas com a inscrição: “Tudo que agrada é apenas por um momento.” O lindo buquê de rosas deleita os sentidos e anima o coração, mas bem depressa murcham as rosas e morrem. Muitos dos prazeres da vida são assim. Depressa se vão, deixando um gosto amargo de frustração.

   Na segunda arcada acha-se gravada uma cruz com a inscrição: “Tudo que perturba, é só por um momento.” A perturbação passa, e o sol, que se achava oculto atrás das nuvens, volta a brilhar. Ao raiar a manhã, bem depressa é esquecida a longa noite de dor.

   Na arcada central, acham-se inscritas as palavras: “Só é importante o que é eterno.”

   Esse monumento pretende ensinar a importante lição de que devemos ter em vista a vida futura e não planejar apenas para a presente. As maiores realidades são as que não são vistas. Andamos tão ocupados, trabalhando e planejando as coisas da vida, que raramente pensamos no por vir. Quão diferentes seriam nossas atividades, se, dia a dia, nos perguntássemos: “Isto é apenas para o momento ou permanecerá para a eternidade?” Esse pensamento transformou a vida de Moisés, habilitando-o a sofrer aflição com o povo de Deus, em vez de desfrutar os prazeres do pecado por algum tempo.

   Moisés “olhava para além do lindo palácio, para além da coroa, podendo ver as mais altas honras que os santos do Altíssimo receberão em um reino incontaminado pelo pecado. Pela fé, ele viu uma coroa incorruptível que o Rei do Céu colocará na cabeça do vencedor. Essa fé levou Moisés a se desviar dos nobres da Terra e se unir à nação humilde, pobre e desprezada que havia preferido obedecer a Deus em lugar de servir ao pecado” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 206).


Guilherme Gordon Murdoch,14/4/1966

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