Há muitos que deixam de distinguir entre uma
imprudência presunçosa e uma inteligente confiança de fé. Satanás pensou que
por meio de suas tentações poderia ludibriar o Redentor do mundo, levando-O a
uma façanha heróica a fim de manifestar o Seu divino poder causando sensação e
surpreendendo a todos por meio de uma apresentação do maravilhoso poder de Seu
Pai para preservá-Lo do dano. Ele sugeriu que Cristo deveria aparecer em Seu
verdadeiro caráter e por meio de uma obra-prima de poder, estabelecer o Seu direito
à fé e confiança do povo, se na verdade Ele era o Salvador do mundo. Se Cristo
tivesse sido enganado pelas tentações de Satanás e exercido Seu poder
miraculoso para aliviá-Lo da dificuldade, teria quebrado o acordo feito com Seu
Pai, de ser um réu em favor da humanidade.
Era uma difícil tarefa
para o Príncipe da Vida executar o plano que havia iniciado para a salvação do
homem, revestindo Sua divindade com a humanidade. Ele tinha recebido honra nas
cortes celestiais e estava familiarizado com o poder absoluto.
Era tão difícil para Ele conservar-Se ao nível
da humanidade como era para o homem levantar-se acima do seu nível de natureza
depravada, e ser participante da natureza divina.
Cristo foi colocado em
terrível teste que requeria a força de todas as Suas faculdades, a fim de
resistir à inclinação, quando estivesse em perigo de usar o Seu poder para
livrar-Se do perigo e triunfar sobre o poder do príncipe das trevas. Satanás
mostrou seu conhecimento dos pontos fracos do coração humano e concentrou todo
o poder para tirar vantagem da fraqueza e humanidade que Cristo assumiu, a fim
de vencer suas tentações para crédito do homem.
Deus deu ao homem
promessas preciosas sob condição de fé e obediência; estas, porém, não devem
sustentá-lo em nenhuma ação precipitada. Se o homem desnecessariamente
colocar-se no lugar do perigo, e for aonde Deus não quer que ele vá, expondo-se
confiadamente ao perigo, contrariando os avisos da razão, Deus não fará nenhum
milagre para libertá-lo. Não enviará Seus anjos para livrar a ninguém de ser
queimado se escolhe colocar-se no fogo.
Adão não foi enganado
pela serpente como aconteceu com Eva e era indesculpável se transgredisse
imprudentemente o positivo mandamento de Deus. Adão tornou-se presunçoso porque
sua esposa pecou. Não podia ver o que aconteceria a Eva. Estava triste, confuso
e tentado. Ouviu de Eva o recital das palavras da serpente e sua firmeza e
integridade começaram a vacilar.
Dúvidas surgiram em sua mente a respeito de Deus, indagando
se Ele realmente faria o que havia dito. Imprudentemente comeu o fruto tentador.
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