Houve um concílio no Céu, tendo
como resultado a submissão do querido Filho de Deus a fim de redimir o homem da
maldição e desgraça da falha de Adão, e derrotar a Satanás. Oh! condescendência
maravilhosa! A Majestade do Céu, por causa do Seu amor e piedade pelo homem
caído, propôs tornar-Se seu substituto e fiança. Ele carregaria a culpa do
homem. Tomaria sobre Si mesmo a condenação do Pai, a qual de outra maneira
cairia sobre o homem por causa de sua desobediência.
A lei de Deus era inalterável. Não poderia ser abolida nem seria
possível submeter a menor parte de sua reivindicação para ajudar o homem no seu
estado caído. O ser humano estava separado de Deus pela transgressão de Seu
expresso mandamento, apesar de ter Ele conscientizado a Adão das conseqüências
de tal transgressão. O pecado de Adão originou uma situação deplorável. Satanás
agora teria controle ilimitado sobre a humanidade, a menos que um ser mais
poderoso do que Satanás antes de sua queda, entrasse em ação e o vencesse,
resgatando, desta forma, o homem.
A alma divina de Cristo
encheu-Se de infinita compaixão pelo par caído. Ao verificar sua condição
desditosa e desesperançada, ao ver que pela transgressão da lei de Deus eles
caíram sob o poder e controle do príncipe das trevas, propôs o único meio que
poderia ser aceitável diante de Deus, dando-lhes outra oportunidade e
colocando-os novamente sob um período de prova. Cristo consentiu em deixar Seu
lugar de honra, Sua autoridade real, Sua glória com o Pai, humilhando-se ao
humanizar-Se e ao entrar em luta com o poderoso príncipe das trevas, a fim de
salvar o homem. Por meio de Sua humilhação e pobreza identificar-Se-ia com a
fragilidade do ser caído, e mediante resoluta obediência mostraria Ele ser
capaz de redimir a falha clamorosa de Adão e por humilde obediência
reconquistaria o Éden perdido.
A grande obra da redenção só poderia ser efetuada pelo Redentor ao
tomar o lugar do Adão caído. Levando sobre Si os pecados do mundo, Ele poderia
palmilhar o caminho em que Adão tropeçou. Suportaria uma prova infinitamente
mais severa do que aquela que Adão falhou em suportar. Creditaria à conta do
homem, ao derrotar o tentador por meio da obediência, Sua pureza de caráter e
serena integridade, imputando ao homem Sua justiça, para que, em Seu nome, o
ser humano pudesse superar o inimigo por iniciativa própria.
Que amor! Que extraordinária
condescendência! O Rei da glória Se prontificou a humilhar-Se a Si mesmo pela
humanidade caída! Seguiria os passos de Adão. Tomaria a natureza caída do homem
e Se empenharia na luta contra o forte inimigo que triunfara sobre Adão.
Venceria Satanás e, assim fazendo, abriria o caminho para a reparação da falha
e da queda desventurosa de Adão e de todos aqueles que cressem nele.
Anjos submetidos à prova foram enganados por Satanás e foram
liderados por ele em uma grande rebelião nos Céus, contra Cristo. Falharam em
suportar a prova a que foram submetidos e caíram. Adão foi criado à imagem de
Deus e colocado sob provação. Tinha um organismo perfeitamente desenvolvido.
Todas as suas faculdades eram harmoniosas. Em todas as suas emoções, palavras e
ações havia uma perfeita conformidade com a vontade do seu Criador. Depois de
ter Deus tomado todas as providências para a felicidade do homem, e ter suprido
todos os seus desejos, provou sua lealdade. Se o santo par permanecesse
obediente, a humanidade seria, depois de algum tempo, feita igual aos anjos.
Como Adão e Eva falharam em suportar a prova, Cristo propôs tornar-Se uma
oferta voluntária em prol do homem.
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