Deus, em conselho com Seu Filho, estabeleceu o
plano de criar o homem à Sua própria imagem. O homem deveria ser colocado sob
período de prova. Deveria ser testado e provado; se suportasse o teste de Deus
e permanecesse leal e verdadeiro através da primeira prova, não ficaria
assediado por tentações contínuas, mas seria exaltado à igualdade com os anjos
e feito, daí por diante, imortal.
Adão e Eva saíram das
mãos do Criador na completa perfeição do dote físico, mental e espiritual. Deus
plantou para eles um jardim e os cercou de tudo o que era belo e atraente aos
olhos, como requeriam suas necessidades físicas. Esse santo par via um mundo de
insuperável beleza e glória. O benevolente Criador deu-lhes evidências de Sua
bondade e amor ao providenciar-lhes frutas, vegetais, grãos e fez crescer na
terra toda variedade de árvores úteis e bonitas.
O santo par olhou para a
Natureza como um quadro de deslumbrante formosura.
A terra, amarronzada, estava coberta de um
carpete vivo, esverdeado, diversificado com variedades intermináveis de flores
de perpetuação própria. Arbustos, flores e trepadeiras embelezavam o cenário
com sua exuberância e fragrância. As muitas variedades de árvores altaneiras
estavam carregadas de frutos deliciosos de toda espécie, adaptados a
satisfazerem o paladar e os desejos dos felizes Adão e Eva. Deus providenciou
este lar edênico para os nossos primeiros pais, dando-lhes evidências
inequívocas do Seu grande amor e desvelo por eles.
Adão foi coroado rei no
Éden. Foi-lhe dado domínio sobre todos os seres viventes que Deus tinha criado.
O Senhor abençoou Adão e Eva com inteligência tal que Ele não tinha dado a
nenhuma outra criatura. Conferiu a Adão o poder sobre todas as obras criadas,
de Suas mãos. O homem, feito à imagem divina, poderia contemplar e apreciar as
obras gloriosas de Deus na Natureza.
Adão e Eva podiam
divisar a habilidade e a glória de Deus em cada haste de grama, arbusto e flor.
A beleza natural que os envolvia refletia-se como um espelho de sabedoria,
excelência e amor do seu Pai celestial. Seus cânticos de afeição e louvor
subiam ao Céu suave e reverentemente, em harmonia com os suaves cânticos dos
elevados anjos, e com a passarada feliz que gorjeava despreocupadamente suas
músicas. Não havia doença, decrepitude, nem morte. A vida estava em tudo em que
se pudessem repousar os olhos. A atmosfera estava cheia de vida. Havia vida em
cada folha, em cada flor e em cada árvore.
O Senhor sabia que Adão não podia ser feliz sem
o trabalho; portanto deu-lhe a agradável ocupação de cuidar do jardim. À medida
que ele cuidava das coisas bonitas e úteis ao seu redor, podia ver a bondade e
a glória de Deus nas Suas obras criadas. Adão tinha temas a contemplar nas
obras de Deus no Éden, que era uma miniatura do Céu. Deus não formou o homem
meramente para contemplar as Suas obras gloriosas; porém deu-lhe mãos para
trabalhar, bem como mente e coração para contemplar.
Se a felicidade do homem
consistisse em não fazer nada, o Criador não teria apontado o trabalho para
Adão. O homem deveria encontrar felicidade no trabalho e também na meditação.
Adão deveria ter em grande estima o fato de que ele fora criado à imagem de
Deus, a fim de ser semelhante a Ele em justiça e santidade. Sua mente possuía a
capacidade de cultivo contínuo, expansão, refinamento e nobreza pois Deus era
seu professor, e os anjos seus companheiros.
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