sexta-feira, 26 de setembro de 2014

29 (História da Redenção) A Ressurreição de Cristo - Parte Final



                                                                  O Duvidoso Tomé 

    Nessa ocasião Tomé não estava presente. Ele não quis aceitar humildemente o relato dos discípulos, mas firmemente, e com confiança em si próprio, afirmou que não creria, a menos que pusesse os dedos nos sinais dos cravos, e a mão no lado em que a lança cruel fora arremessada. Nisso mostrou falta de confiança em seus irmãos. Se todos exigissem a mesma prova, ninguém hoje receberia a Jesus, nem creria em Sua ressurreição. Mas foi a vontade de Deus que a notícia dos discípulos fosse recebida por aqueles mesmos que não podiam ver e ouvir o Salvador ressuscitado. 

    Deus não Se agradou com a incredulidade de Tomé. Quando Jesus de novo Se encontrou com os discípulos, Tomé estava com eles e, quando viu Jesus, creu. Mas ele tinha declarado que não ficaria satisfeito sem a prova do tato acrescentada à vista, e Jesus lhe deu a prova que desejara. Tomé exclamou: "Senhor meu, e Deus meu!" João 20:28. Jesus, porém, reprovou-o pela sua incredulidade, dizendo: "Porque Me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram." João 20:29. 

                                       A Frustração dos Matadores de Cristo 

    Espalhando-se as novas de cidade para cidade e de vila em vila, os judeus, por sua vez, receavam pelas suas vidas, e ocultaram o ódio que acalentavam pelos discípulos. Sua única esperança era propagar o boato falso. E aqueles que desejavam que esta mentira fosse verdadeira, a aceitavam. Pilatos estremeceu ao ouvir que Cristo havia ressuscitado. Não podia duvidar do testemunho que era dado, e desde aquela hora a paz o deixou para sempre. Por amor às honras mundanas, pelo temor de perder a autoridade e a vida, entregara Jesus para ser morto. Estava agora completamente convencido de que não era meramente um homem inocente Aquele de cujo sangue era culpado, mas o Filho de Deus. A vida de Pilatos foi miserável até ao fim. O desespero e a angústia esmagavam todo sentimento de esperança e alegria. Recusou-se a ser consolado, e teve uma morte mui desgraçada. ... 

                                               Quarenta Dias com os Discípulos 

    Jesus permaneceu com Seus discípulos quarenta dias, ocasionando-lhes isto satisfação e alegria de coração, ao desvendar-lhes Ele mais amplamente as realidades do reino de Deus. Ele os comissionara a dar testemunho das coisas que tinham visto e ouvido, concernentes aos Seus sofrimentos, morte e ressurreição; de que Ele fizera um sacrifício pelo pecado, e que todos que o quisessem poderiam vir a Ele e encontrar vida. Com fiel ternura disse-lhes que seriam perseguidos e angustiados; mas que encontrariam alívio recordando-se de sua experiência, e lembrando-se das palavras que Ele lhes falara. Contou-lhes que tinha vencido as tentações de Satanás e obtido vitória     através de provações e sofrimentos. Satanás não mais poderia ter poder sobre Ele, e faria suas tentações recaírem mais diretamente sobre eles, e sobre todos os que cressem em Seu nome. Mas poderiam vencer, assim como Ele venceu. Jesus dotou Seus discípulos de poder para operar milagres, e disse-lhes que, embora fossem perseguidos pelos homens ímpios, enviaria Seus anjos, de tempos a tempos, para livrá-los; a vida deles não poderia ser tirada antes que sua missão se cumprisse; poderia então ser-lhes exigido selarem com o sangue os testemunhos que deram. 

    Seus ansiosos seguidores alegremente Lhe escutaram os ensinos, absorvendo com avidez cada palavra que caía de Seus lábios. Sabiam agora com certeza que Ele era o Salvador do mundo. Suas palavras lhes calavam profundamente no coração, e entristeciam-se de que logo devessem separar-se de seu Mestre celestial, e não mais ouvir de Seus lábios palavras confortadoras, graciosas. Mas de novo seu coração se aqueceu de amor e extraordinária alegria, dizendo-lhes Jesus que iria preparar-lhes moradas, que viria outra vez e os receberia, para que pudessem estar sempre com Ele. Prometeu também enviar o Consolador, o Espírito Santo, para guiá-los em toda verdade. "E, levantando as Suas mãos, os abençoou." Lucas 24:50. 

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