Oposição Ineficaz
Satanás e seus anjos cegaram
os olhos e obscureceram o entendimento dos judeus, e instigando os principais
do povo e os governadores para tirarem a vida do Salvador. Enviaram-se oficiais
a fim de lhes levarem a Jesus; ao chegarem, porém, perto de onde Ele Se achava,
ficaram grandemente estupefatos. Viram-nO cheio de simpatia e compaixão, ao
testemunhar Ele as desgraças humanas. Ouviram-nO falar com amor e ternura aos
fracos e aflitos, animando-os. Ouviram-no também, com voz de autoridade,
repreender o poder de Satanás, e libertar seus cativos. Ouviram as palavras de
sabedoria que caíam de Seus lábios, e deixaram-se cativar por elas; não puderam
lançar mão dEle. Voltaram aos sacerdotes e anciãos sem Jesus.
Quando interrogados:
"Por que não O trouxestes?" relataram o que haviam testemunhado de Seus milagres, e as santas
palavras de sabedoria, amor e conhecimento que tinham ouvido, e disseram:
"Jamais alguém falou como este Homem." Os principais dos sacerdotes
os acusaram de ser também enganados e alguns dos oficiais ficaram envergonhados
de não O haverem prendido. Os sacerdotes inquiriram, de maneira escarnecedora,
se alguns dos príncipes haviam crido nEle. Muitos dos juízes e anciãos creram
em Jesus; mas Satanás os impediu de confessá-lo; temiam o opróbrio do povo mais
do que a Deus.
Até aí a astúcia e ódio de
Satanás não tinham destruído o plano da salvação. O tempo para o cumprimento do
objetivo pelo qual Jesus veio ao mundo estava se aproximando. Satanás e seus
anjos consultaram-se, e decidiram inspirar a própria nação de Cristo a clamar
avidamente por Seu sangue, cumulando sobre Ele crueldade e escárnio. Esperavam
que Jesus Se ressentisse de tal tratamento, e deixasse de manter Sua humildade
e mansidão.
Enquanto Satanás formulava seus planos,
Jesus revelava cuidadosamente a Seus discípulos os sofrimentos pelos quais
deveria passar, a saber, que Ele seria crucificado, e que ressuscitaria no
terceiro dia. Mas seu entendimento parecia embotado, e não podiam compreender o
que Ele lhes dizia.
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