sexta-feira, 18 de abril de 2014

A Glória do Calvário - Parte 1



                                                   A Glória do Calvário 

    Jesus foi levado ao Calvário apressadamente em meio a zombarias e gritos de insulto da multidão. Ao passar o limiar do tribunal, puseram-Lhe sobre os ombros feridos a cruz destinada a Barrabás. Os dois ladrões que também seriam crucificados com Jesus receberam a sua cruz. 

    O peso do madeiro era mais do que o Salvador podia suportar, em sua exaustão e sofrimento. Andou apenas alguns passos e caiu desmaiado sob o peso da cruz. 
    Quando voltou a Si, a cruz foi outra vez colocada sobre Seus ombros. Cambaleou mais alguns passos e outra vez caiu sem sentidos. Seus algozes viram que Lhe era impossível carregar aquele peso além de suas forças e ficaram perplexos sem saber quem deveria levar aquele fardo humilhante. 

    Naquele momento, vindo casualmente ao encontro deles, apareceu Simão, um cireneu, a quem obrigaram a levar a cruz até o Calvário. 

    Os filhos de Simão eram discípulos de Jesus, mas ele mesmo não tinha aceitado a Cristo como seu Salvador. Mais tarde,    Simão sentiu-se sempre grato pelo privilégio de carregar a cruz do Redentor. O peso que foi obrigado a levar tornou-se um meio para sua conversão. Os eventos do Calvário e as palavras que ouviu Jesus pronunciar levaram-no a aceitá-Lo como o Filho de Deus.  

    Chegando ao lugar da crucifixão, os condenados foram amarrados aos instrumentos de suplício. Os dois ladrões reagiram contra os que tentavam crucificá-los; o Salvador, porém, não ofereceu resistência. 

                                          
                                            Momentos de Angústia 

    A mãe de Jesus O havia seguido naquela terrível jornada até o Calvário. Ao vê-Lo sucumbir exausto ao peso da cruz, seu coração ansiava por prestar-Lhe socorro, mas esse privilégio lhe foi negado. 

    A cada passo daquele caminho tão sofrido, desejava que seu filho manifestasse o poder divino para livrar-se da turba assassina e agora que o drama chegava ao seu ato derradeiro, vendo ela como os ladrões eram pendurados na cruz, que suspense e angústia sentiu na alma! 

    Devia Aquele que havia ressuscitado os mortos entregar-Se para ser crucificado? O Filho de Deus consentiria que Lhe dessem morte tão cruel? Devia ela renunciar à crença de que Ele era de fato o Messias? 

    Ela viu também Suas mãos serem estendidas no madeiro - aquelas mãos que sempre se estenderam para abençoar os sofredores. Trouxeram cravos e martelo e, quando os pregos perfuraram-Lhe as mãos, os discípulos inconsoláveis, levaram o corpo desmaiado de Maria para longe daquela cena cruel. 

    O Salvador não soltou um gemido sequer. De Seu rosto pálido e sereno, o suor corria fartamente. Os discípulos tinham fugido da cena tão pavorosa. "O lagar, Eu o pisei sozinho, e dos povos nenhum homem se achava comigo." Isaías 63:3. 

    Enquanto os soldados faziam sua obra, a mente de Jesus desviou-se de Seus sofrimentos para se concentrar na terrível recompensa que aguardava os Seus perseguidores. Tendo piedade de sua ignorância, orou: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem." Luc. 23:34. 

    Assim, Cristo conquistou o direito de tornar-Se o intercessor entre os homens e Deus. Essa oração abrangia o mundo todo, incluindo cada pecador que existiu ou que viria a existir, desde o princípio até a consumação do século. 

    Toda vez que pecamos, Cristo é ferido outra vez. Por nós, Ele ergue as mãos feridas diante do trono do Pai e diz: "Perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem." Lucas 23:34. 

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