domingo, 2 de março de 2014

Daniel, servo do Altíssimo




“Disseram, pois, estes homens: Nunca acharemos ocasião alguma para acusar a este Daniel, se não a procurarmos contra ele na lei do seu Deus. Daniel 6:5.”

Daniel é um daqueles personagens da Bíblia que nos impressionam por sua fidelidade a Deus. Na abertura do livro, somos informados de que "resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei" (Daniel 1:8). Embora alguns gostem de enfatizar a segunda parte do texto, discutindo a preocupação com a dieta alimentar, o que me impressiona é a primeira seção, focalizando sua decisão que antecede as prováveis dificuldades na corte de Babilônia. Daniel não é do tipo de deixar decisões importantes para o momento da tentação. Quando ela chega, ele já sabe o que fazer. Outro aspecto do caráter de Daniel é evidente no texto de hoje. Mesmo sob a observação de inimigos, nada pode ser encontrado contra ele.

O capítulo 3 do livro de Daniel é paralelo com o capítulo 6. Primeiro, três figuras solitárias, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, os amigos de Daniel, erguem-se na planície de Dura, enfrentando a ameaça da fornalha ardente. Uma pergunta comum é: Onde estava Daniel então? Não sabemos, e isso realmente não importa. Quando sua hora de teste chega, ele se comporta à altura de seus amigos. Daniel sabia da ameaça dos inimigos. Em 30 dias, ninguém poderia fazer nenhuma petição a qualquer deus, apenas ao rei (ver Daniel 6:7). Não se trata de um pecado que ele não quer cometer, mas de um dever que ele não pode deixar de cumprir. Seus amigos se recusaram a prestar homenagem idolátrica. Daniel, por sua vez, recusa-se até mesmo a omitir ou ocultar sua adoração ao Deus verdadeiro.

Os inimigos contavam com a integridade de Daniel. E não foram decepcionados. O que faria você no lugar dele? Alguns, provavelmente, encontrariam razão para racionalizar a conduta, pensando: "Fecharei a janela; afinal, Jesus não disse que é assim que devemos orar?"

Outros poderiam se desculpar da seguinte maneira: "Poço orar mentalmente. Por que me expor ao perigo?" Mas a questão é outra: Por quanto tempo Daniel orava daquela forma? Provavelmente por mais de 60 anos. Sua atitude não era nova, muito menos uma encenação para impressionar. Mudar naquele momento seria equivalente a adotar a essência do decreto: submissão ao capricho humano. Este exemplo da história bíblica brilha como modelo de uma lealdade que não negocia nem transige. Representa um poderoso desafio à nossa fé, por vezes tão vacilante e incerta.

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