A Oferta Sacrifical
Quando Adão, de acordo com
as especiais determinações de Deus, fez uma oferta pelo pecado, isto foi para
ele a mais penosa cerimônia. Sua mão devia levantar-se para tirar a vida, que
somente Deus podia dar, e fazer uma oferta pelo pecado. Pela primeira vez teria
de testemunhar a morte. Ao olhar para a vítima ensangüentada, contorcendo-se
nas agonias da morte, ele devia contemplar pela fé o Filho de Deus, a quem a
vítima prefigurava, e que devia morrer em sacrifício pelo homem.
Esta oferta cerimonial,
ordenada por Deus, devia ser para Adão uma perpétua recordação de sua culpa, e
também um penitente reconhecimento de seu pecado. Esse ato de tirar a vida deu
a Adão um profundo e mais perfeito senso de sua transgressão, que nada menos
que a morte do amado Filho de Deus podia expiar. Maravilhou-se ante a infinita
bondade e incomparável amor que podia dar tal resgate para salvar o culpado. Ao
matar Adão a inocente vítima, pareceu-lhe estar derramando o sangue do Filho de
Deus por sua própria mão. Sabia que se tivesse permanecido firme em Deus e leal
à Sua santa lei não teria existido a morte de animais nem de homens. Todavia,
nas ofertas sacrificais, que apontavam para a grande e perfeita oferta do amado
Filho de Deus, aparecia a estrela da esperança para iluminar o escuro e
terrível futuro e aliviá-los desta completa desesperança e ruína.
No começo, o chefe de cada
família era considerado governador e sacerdote de sua própria casa. Depois, ao
multiplicar-se a raça sobre a Terra, homens divinamente apontados realizavam
esse solene culto de sacrifício pelo povo. O sangue dos animais devia ser associado na mente dos pecadores com o sangue do Filho de
Deus. A morte da vítima devia evidenciar a todos que o castigo do pecado era a
morte. Pelo ato do sacrifício o pecador reconhecia sua culpa e manifestava sua
fé, olhando para o grande e perfeito sacrifício do Filho de Deus, que as
ofertas de animais prefiguravam. Sem a expiação do Filho de Deus não poderia
haver comunicação de bênçãos ou salvação de Deus ao homem. Deus tinha zelo pela
honra de Sua lei. A transgressão desta lei causou uma terrível separação entre
Deus e o homem. A Adão em sua inocência fora assegurada comunhão, direta, livre
e feliz, com seu Criador. Depois de sua transgressão, Deus Se comunicaria com o
homem mediante Cristo e os anjos.
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