segunda-feira, 17 de março de 2014

4 - A tentação e Queda - Parte 2




 Eles deixam de compreender o que Deus revelou, menosprezam Seus explícitos mandamentos e aspiram a mais sabedoria, independente de Deus, procurando compreender aquilo que Lhe aprouve reter dos mortais. Exultam com suas idéias de progresso e se encantam com sua própria vã filosofia, mas apalpam trevas de meia-noite quanto ao verdadeiro conhecimento. Estão sempre estudando e nunca são capazes de chegar ao conhecimento da verdade. 

    Não era da vontade de Deus que este santo par tivesse qualquer conhecimento do mal. Dera-lhes livremente o bem, mas retivera o mal. Eva julgou sábias as palavras da astuta serpente, quando ouviu a audaciosa afirmação: "Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal" - fazendo de Deus um mentiroso. Gên. 3:4 e 5. Satanás insinuou insolentemente que Deus os tinha enganado, impedindo que fossem exaltados com um conhecimento igual ao Seu próprio. Deus disse: "No dia em que dela comeres, certamente morrerás." Gên. 2:17. A serpente disse: "Certamente não morrereis." Gên. 3:4. 

    O tentador assegurou a Eva que tão logo comesse o fruto, ela receberia um novo e superior conhecimento que a faria igual a Deus. Chamou sua atenção para si mesmo. Ele comera livremente da árvore e a achara não apenas perfeitamente inofensiva mas deliciosa e estimulante, e disse que era por causa de suas maravilhosas propriedades de comunicar a sabedoria e o poder que Deus lhes tinha proibido experimentá-la ou mesmo tocá-la, pois Ele conhecia estas maravilhosas qualidades. Declarou que ter comido o fruto da árvore proibida era a razão de ter obtido o dom da fala. Insinuou que Deus não levaria a cabo Sua advertência. Isto era meramente uma ameaça para intimidá-los  e privá-los do grande bem. Disse-lhes mais, que não poderiam morrer. Não tinham comido da árvore da vida, que perpetuava a imortalidade? Disse que Deus os estava enganando e impedindo-os de um mais elevado estado de felicidade e mais exaltada alegria. O tentador colheu um fruto e passou-o a Eva. Ela o tomou nas mãos. Ora, disse o tentador, vocês foram proibidos até mesmo de tocá-lo pois morreriam. Não observariam maior sensação de perigo e morte comendo o fruto, declarou ele, do que nele tocando ou manuseando-o. Eva foi encorajada, pois não sentia os sinais imediatos do desagrado de Deus. Pensou que as palavras do tentador eram de todo sábias e corretas. Comeu, e ficou encantada com o fruto. Ele pareceu delicioso ao paladar, e ela imaginava sentir em si mesma os maravilhosos efeitos do fruto. 

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