domingo, 29 de setembro de 2013

A Negação




“Ainda que me seja necessário morrer contigo, de nenhum modo Te negarei. Marcos 14:31.”

A razão por que tantos professos discípulos de Cristo caem em graves tentações é não possuírem eles o devido conhecimento de si mesmos. Foi nesse ponto que Pedro foi tão profundamente examinado pelo inimigo. Caso pudéssemos compreender a própria fraqueza, veríamos tanto a fazer por nós mesmos que humilharíamos o coração sob a potente mão de Deus.

Atente para a conduta seguida por Pedro. Sua queda não foi instantânea, mas gradual. Passo a passo, até que o pobre pecador negou seu Senhor, pronunciando blasfêmias e xingamentos.

O cantar do galo lembrou Pedro das palavras de Cristo e, surpreso e atônito, ele se voltou e olhou para o Mestre. Simultaneamente, Cristo olhou para Pedro. Sob aquele olhar aflito em que se misturavam amor e compaixão por ele, Pedro se conheceu. De maneira vívida e impressionante, suas presunçosas palavras brotavam-lhe na mente: “Ainda que todos se escandalizem, eu, jamais!” (v. 29). “Estou pronto a ir contigo, tanto para a prisão como para a morte” (Lucas 22:33). E ainda negou seu Senhor com imprecações e blasfêmias!
Entretanto, Pedro não foi deixado no desespero. O olhar de Cristo trouxe um raio de esperança ao discípulo pecador. Leu ali as palavras: “Pedro, sinto muito por ti. Como estás triste e arrependido, Eu te perdôo.” Enquanto Pedro passava por essa profunda humilhação, enfrentando terrível luta com as forças satânicas, lembrou-se das palavras de Cristo: “Eu roguei por ti.” Essas palavras lhe trouxeram preciosa segurança.

Tão certamente como fez Pedro, muitos dos que fazem parte do professo povo de Deus, que guarda os mandamentos, desonram e trazem humilhação sobre seu melhor Amigo – Aquele que pode salvá-los completamente. O Senhor, porém, deseja restaurar para Si todos aqueles que O envergonharam por manterem uma conduta em desacordo com as Escrituras.


Pedro pecou contra a luz e o conhecimento, e contra grandes e exaltados privilégios. Foi a confiança em si mesmo que o levou a cair, e é esse mesmo mal que está agora atuando no coração das pessoas. Talvez seja nosso intuito ser justos e fazer o que é direito, mas com toda a certeza erraremos, a menos que sejamos constantes discípulos na escola de Cristo. Nossa única segurança consiste em andar humildemente com Deus.

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