Ao se aproximarem do monte, “Isaque disse a Abraão, seu pai: Meu pai! Respondeu Abraão: Eis-me aqui, meu filho! Perguntou-lhe Isaque: Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?” (v. 7). As carinhosas palavras “meu pai!” feriram profundamente o coração de Abraão. Novamente, ele pensou consigo mesmo: Oh! Se eu, que já estou velho, pudesse morrer em lugar de Isaque...
O moço ajudou o pai na construção do altar. Juntos colocaram a lenha, e os últimos preparativos para o sacrifício foram feitos. Com os lábios trêmulos e a voz embargada, Abraão revelou a seu filho a mensagem que Deus lhe havia enviado. Isaque era a vítima, o cordeiro que deveria ser morto. Se quisesse resistir à ordem de seu pai, ele o teria feito, pois estava na força de sua varonilidade. Entretanto, havia sido tão bem instruído no conhecimento de Deus, que mantinha perfeita fé em Suas promessas e reivindicações.
Ele confortou o pai, dando-lhe a certeza de que Deus o estava honrando ao aceitá-lo como sacrifício, que nessa ordem podia ver não a ira e o desprazer de Deus, mas demonstrações especiais de que Deus o amava e por isso reclamou-o para que fosse consagrado a Ele em sacrifício.
Ele auxilia as mãos desfalecidas do pai a amarrarem as cordas que o prendem ao
altar. E agora as últimas palavras de amor são proferidas, as últimas lágrimas
derramadas, o último abraço dado, e o pai aperta pela última vez o filho sobre
o peito já cansado e envelhecido. O pai levanta o cutelo para matar o filho,
segurando firmemente o instrumento de morte que iria tirar a vida de Isaque,
quando o braço subitamente lhe é detido. “Tendo Abraão erguido os olhos, viu
atrás de si um carneiro preso pelos chifres” (v. 13).
Nosso Pai celestial entregou Seu amado Filho às agonias da crucifixão. Legiões de anjos testemunharam a humilhação e angústia de coração do Filho de Deus, mas não lhes foi permitido se interporem como no caso de Isaque. Nenhuma voz se ouviu para interromper o sacrifício.
O querido Filho de Deus, o Redentor do mundo, foi insultado, escarnecido,
ridicularizado e torturado, até que pendeu a cabeça ao morrer.
Que prova maior nos pode dar o Infinito de Seu divino amor e piedade?
Que prova maior nos pode dar o Infinito de Seu divino amor e piedade?
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