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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019
O Dragão e as duas Bestas
*“Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos "
*O DRAGÃO E AS DUAS BESTAS*
Apocalipse 13 marca uma mudança significativa na estratégia de Satanás. “Pode-se observar que a palavra ‘enganar’ não aparece na seção histórica do Apocalipse (capítulos 4 a 11), mas é usada na seção escatológica (capítulos 12-20) para descrever as atividades de Satanás no tempo do fim como preparo para a crise final.”* O que Satanás não conseguiu pela perseguição à igreja e pelo derramamento de sangue durante os primeiros séculos e os 1.260 anos (538 d.C. a 1798 d.C.), ele, agora procura obter através do engano e da contrafação da verdade. Ele irá fazer isso estabelecendo uma aliança com duas bestas, o poder religioso e o poder civil, formando, assim, uma tríplice aliança, um tipo de falsa trindade, para tentar eliminar o povo de Deus de uma vez por todas.
*O dragão (Ap 12:3-4, 7-9; 13:2, 4).* O dragão é identificado claramente como Satanás (Ap 12:7-9). Porém, outras partes do Apocalipse nos mostram que ele também atua através de poderes, instituições, corporações, governos e reinos. Por exemplo, ele tentou matar o bebê Jesus (Ap 12:4) usando o Império Romano (ver Mt 2:13, 16). O que o dragão quer? Adoração. Ele quer fazer com que o mundo o adore.
Contudo, para obter essa adoração, ele vai utilizar sutilezas e mentiras. Poucos adorariam Satanás de maneira consciente ou voluntariamente. Assim, ele concederá poder e autoridade a um de seus agentes, a besta que emergiu do mar, para receber adoração em seu lugar (Ap 13:2, 4). Para fazer com que o mundo adore essa besta, o inimigo usará um segundo agente, a besta que saiu da terra (Ap 13:11, 12). Esse poder civil fará com que todos na Terra prestem adoração à primeira besta, cuja chaga mortal foi curada. Embora o dragão não apareça tanto no livro, ele é a mente-mestra por trás desses dois poderes.
*A besta que emergiu do mar (Ap 13:1-10).* Essa besta recebe poder e autoridade do dragão (Ap 13:1, 2). Assim como os aplausos das crianças numa apresentação de fantoches são, na verdade, aplausos para o manipulador dos fantoches, a adoração à besta que emergiu do mar é, na verdade, adoração ao dragão.
As ações dessa besta incluem blasfêmias contra Deus e perseguição aos santos, o que tem paralelo com Daniel 7:24 e 25. Essa besta é o mesmo poder que Paulo descreveu em 2 Tessalonicenses 2:3 e 4. Ela perseguiu o povo de Deus durante 42 meses (Ap 13:5), ou 1.260 dias-anos (Ap 12:6). Essa besta é a Igreja Romana apostatada. Durante 1.260 anos, a partir do estabelecimento do papado como o supremo poder eclesiástico em 538 d.C., até o aprisionamento do papa em 1798 d.C., Roma papal reinou. Apocalipse 13:3 diz que ela recebeu um ferimento “quase” mortal, mas esse ferimento foi curado, e toda a Terra irá se maravilhar diante dela.
*A besta que saiu da terra (Ap 13:11-17).* Essa besta difere da primeira em vários aspectos. Primeiro, ela saiu da terra e não do mar, o que indica que ela se originou de um lugar muito diferente de Roma papal. Segundo, ela surge mais ou menos na época em que a primeira besta recebeu o ferimento quase mortal, em 1798. Finalmente, enquanto a primeira besta tinha uma aparência aterrorizadora, a segunda besta surgiu como um cordeiro inofensivo. A única nação que se encaixa nessa descrição são os Estados Unidos, que foram fundados sobre a premissa de oferecer liberdade religiosa. Mas, embora pareça um cordeiro, essa besta fala como um dragão. Em outras palavras, ela acaba se tornando porta-voz e instrumento do dragão para cumprir seu propósito.
A segunda besta fará com que o mundo adore a primeira besta e, por extensão, o próprio dragão. Ela irá obrigar os habitantes da Terra a fazer uma imagem à primeira besta, a fim de que todos recebam sua marca. Essa imagem será formada quando as denominações religiosas se unirem em torno de doutrinas que lhes são comuns, principalmente, a imortalidade da alma e a santidade do domingo. Estado e Igreja estarão novamente unidos para o ataque final de Satanás contra o Criador, Sua lei e Seus seguidores fiéis.
*Aplicação.* O ódio de Satanás contra Miguel e Seus anjos, desde a guerra no Céu (Ap 12), o motiva a atacar Seus seguidores usando para isso um cristianismo falsificado. Exceto aqueles que forem profundos conhecedores da Palavra de Deus, o mundo todo será envolvido neste plano astuto do dragão.
Mas, graças às revelações divinas contidas no Apocalipse, não estamos desavisados quanto a esse plano diabólico. Louvado seja Deus!
* Ranko Stefanovich, Plain Revelation (Berrien Springs, MI: Andrews University Press, 2013), p. 149.
*Tanner Martin ›* Berrien Springs, MI, EUA
*MÃOS À BÍBLIA*
*2. Compare Apocalipse 13:5-8 comDaniel 7:24, 25 e 2 Tessalonicenses 2:2-12. De que maneira as ações da besta do mar refletem a descrição do chifre pequeno e do homem da iniquidade?*
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As ações da besta do mar durante os 1.260 dias/anos proféticos são expressas em termos de blasfêmias. No Novo Testamento, blasfêmia significa uma reivindicação de igualdade com Deus (Jo 10:33; Mt 26:63-65) e a ação de usurpar Sua autoridade (Mc 2:7). A besta do mar nega a obra mediadora de Cristo, buscando substituí-la por um sacerdócio humano que afirma conferir salvação e perdão dos pecados. Usurpar esses poderes pertencentes somente a Deus é a essência da blasfêmia. O catolicismo romano reivindicou a posição e as prerrogativas de Deus com o Papa como seu líder.
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