Força
Não só devemos amar a Deus de
todo o coração, mente e alma, como também com todas as forças. Inclui isto o
uso pleno e inteligente das forças físicas.
Cristo era obreiro fiel tanto
nas coisas temporais quanto nas espirituais, e em toda a Sua obra tinha a
resolução de fazer a vontade do Pai. As coisas do Céu e da Terra têm conexão
mais íntima, e estão mais diretamente sob a superintendência de Cristo, do que
muitos reconhecem.
Foi Cristo que planejou a disposição do primeiro tabernáculo
terreno. Deu toda especificação a respeito do levantamento do templo de
Salomão. Ele, que em Sua vida terrena trabalhava como carpinteiro na vila de
Nazaré, foi o arquiteto celeste que ideou o plano do edifício sagrado onde Seu
nome deveria ser honrado.
Foi Cristo que deu sabedoria
aos edificadores do tabernáculo para executarem o mais primoroso trabalho
artístico. Disse: "Eis que Eu tenho chamado por nome a Bezalel, filho de
Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, e o enchi do Espírito de Deus, de sabedoria,
e de entendimento, e de ciência em todo artifício. E eis que Eu tenho posto com
ele a Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã, e tenho dado sabedoria ao
coração de todo aquele que é sábio de coração, para que façam tudo o que te
tenho ordenado." Êxodo 31:2, 3 e 6.
Deus deseja que Seus servos em
todo ramo O contemplem como o Doador de tudo quanto possuem. Todas as boas
invenções e melhoramentos têm origem nAquele que é maravilhoso em conselho e
excelente em obra. O contato hábil da mão do médico, seu poder sobre nervo e
músculo, seu conhecimento da delicada estrutura do corpo, são a sabedoria do
poder divino que deve ser usada para auxiliar os sofredores. A perícia com que
o carpinteiro usa o martelo, a força com que o ferreiro faz tinir a bigorna,
vêm de Deus. Confiou aos homens talentos, e espera que Lhe peçam conselho. O
que quer que façamos, qualquer que seja o ramo da obra em que nos empenhemos,
deseja Ele dirigir-nos a mente para que façamos obra perfeita.
Religião e ocupação não são
duas coisas separadas; são uma. A religião da Bíblia deve estar entrelaçada com
tudo quanto fazemos ou falamos. Os agentes divinos e humanos devem combinar tanto
em empreendimentos espirituais quanto em temporais. Devem unir-se em todos os
projetos humanos, nos trabalhos mecânicos e agrícolas, nas empresas mercantis e
científicas. Deve haver cooperação em todos os ramos da atividade cristã.
Deus proclamou os princípios pelos quais, somente, é possível esta
cooperação. Sua glória deve ser o motivo de todos os Seus colaboradores. Tudo
que fizermos deve originar-se no amor de Deus, e ser consoante Sua vontade.
É tão importante fazer a
vontade de Deus em estabelecer um edifício, como o é em tomar parte num culto
religioso. E se os obreiros seguirem os justos princípios na formação do
caráter, então na construção de cada edifício crescerão em graça e sabedoria.
Mas Deus não aceitará os
maiores talentos nem os mais esplêndidos cultos, se o eu não for apresentado
como sacrifício vivo a consumir-se sobre o altar. A raiz precisa ser santa,
senão não haverá frutos aceitáveis a Deus.
O Senhor fez de Daniel e José
administradores capazes. Podia por meio deles atuar porque não viviam para
satisfazer às inclinações próprias, mas para agradar a Deus.
O caso de Daniel tem uma lição
para nós. Revela o fato de que o homem de negócios não é necessariamente homem
astuto, esperto. Pode ser instruído por Deus a cada passo. Daniel, ao mesmo
tempo em que era primeiro-ministro do reino de Babilônia, era profeta de Deus e
recebia a luz da inspiração divina. Estadistas mundanos e ambiciosos são
representados na Palavra de Deus como a relva que cresce, e como a flor da erva
que fenece. Contudo o Senhor deseja ter a Seu serviço homens inteligentes,
qualificados para os vários ramos da obra. Há necessidade de homens de negócios
que entreteçam em todas as transações os grandes princípios da verdade. E seus
talentos devem ser aperfeiçoados pelo mais completo estudo e prática. Se os
homens em qualquer ramo de trabalho precisam aproveitar as oportunidades para
se tornarem sábios e eficientes, tanto mais aqueles que empregam sua perícia em
edificar o reino de Deus no mundo. De Daniel sabemos que em todas as suas
transações comerciais, quando submetidas ao exame mais severo, não se podia
encontrar uma falta ou erro. Era um modelo de como devem ser todos os homens de
negócios. Sua história mostra o que pode ser conseguido por alguém que consagra
ao serviço de Deus toda a energia do cérebro, ossos e músculos, do coração e da
vida.
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