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segunda-feira, 8 de agosto de 2016

15 (Parábolas de Jesus) A Esperança da Vida - Primeira Parte



Congregando-se os "publicanos e pecadores" em volta de Cristo, os rabinos exprimiram seu desagrado. "Este recebe pecadores", disseram, "e come com eles." Lucas 15:1 e 2.
Por esta acusação insinuaram que Cristo tinha prazer em associar-Se com os pecadores e vis, e era insensível à sua impiedade. Os rabinos ficaram desapontados com Jesus. Por que era que Aquele que pretendia ter tão elevado caráter não Se relacionava com eles, e não seguia seus métodos de ensino? Por que andava tão despretensiosamente, atuando entre todas as classes? Se fosse profeta verdadeiro, diziam, estaria em harmonia com eles e trataria os publicanos e pecadores com a indiferença que mereciam. Irritava a esses guardiões da sociedade, que Aquele com quem tinham constantes disputas, cuja pureza de vida os aterrorizava e condenava, Se relacionasse em aparente simpatia com os párias da sociedade. Não Lhe aprovavam os métodos. Consideravam-se muito ilustrados, cultos e preeminentemente religiosos; mas o exemplo de Cristo lhes desmascarou o egoísmo.
Enfadava-os também que os que manifestavam unicamente desprezo aos rabinos, e nunca eram vistos nas sinagogas, se agregassem ao redor de Jesus e, com atenção arrebatada, Lhe escutassem as palavras. Os escribas e fariseus sentiam-se reprovados naquela presença pura; mas como se podia dar que os publicanos e pecadores se sentissem atraídos a Jesus?
Não sabiam que a explicação estava justamente nas palavras que pronunciaram, como insultuosa acusação: "Este recebe pecadores." Lucas 15:2. As pessoas que iam ter com Jesus sentiam em Sua presença que mesmo para elas havia escape do abismo do pecado. Os fariseus para elas só tinham escárnio e condenação; Cristo, porém, as saudava como filhos de Deus, que na verdade se afastaram da casa paterna, mas não foram esquecidas pelo coração do Pai. Justamente sua miséria e pecados os tornavam tanto mais o objeto de Sua compaixão. Quanto mais dEle se haviam desviado, tanto mais ardoroso o desejo e maior o sacrifício para salvá-los.

Tudo isto os mestres de Israel podiam ter estudado no Sagrado Volume de que se gloriavam ser os guardas e expositores. Não escrevera Davi - Davi que caíra em pecado mortal: "Desgarrei-me como a ovelha perdida; busca o Teu servo"? Salmos 119:176. Não revelara Miquéias o amor de Deus aos pecadores, dizendo: "Quem, ó Deus, é semelhante a Ti, que perdoas a iniqüidade e que Te esqueces da rebelião do restante da Tua herança? O Senhor não retém a Sua ira para sempre, porque tem prazer na benignidade." Miquéias 7:18.

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