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domingo, 1 de maio de 2016

14 ( No Deserto da Tentação) Cristo Não Operou Milagres para Si Mesmo



Ele chamou a atenção de Cristo para a sua própria aparência atrativa, vestido de luz e forte em poder. Afirmava ser um mensageiro direto do trono do Céu. Declarava que tinha o direito de exigir de Cristo evidências de ser Ele o Filho de Deus. Satanás estava decidido a descrer, se possível, das palavras que foram dirigidas dos Céus ao Filho de Deus por ocasião do Seu batismo. Determinou vencer a Cristo e se possível construir o seu próprio reino e assegurar sua vida. A primeira tentação que Satanás trouxe sobre Cristo referia-se ao apetite. Nesse ponto tinha domínio quase completo sobre o mundo, sendo suas tentações adaptadas às circunstâncias e ambientes de Cristo, de tal maneira que eram quase insuportáveis.
Cristo poderia ter operado um milagre em Seu benefício; contudo, isso não estaria de acordo com o plano da salvação. Os muitos milagres na vida de Cristo demonstraram Seu poder de operar milagres em benefício da humanidade sofredora. Por um milagre de misericórdia Ele alimentou de uma só vez cinco mil, com cinco pães e dois peixinhos. Portanto, Ele tinha poder para operar milagres e saciar Sua própria fome. Satanás lisonjeava-se a si mesmo de que poderia levar Cristo a duvidar das palavras faladas do Céu por ocasião do Seu batismo. Se ele pudesse tentá-Lo a questionar Sua filiação e a duvidar da verdade das palavras faladas por Seu Pai, ganharia uma grande vitória.
Encontrou a Cristo no desolado deserto, sem companheiros, sem alimento, e sofrendo. O ambiente era o mais melancólico e repulsivo. Satanás sugeriu a Cristo que Deus não deixaria Seu Filho nesta condição de necessidade e sofrimento. Esperava abalar a confiança de Cristo em Seu Pai, o qual havia permitido que Ele chegasse a esta condição de extremo sofrimento no deserto onde pés de homem algum já haviam pisado. Satanás ansiava poder insinuar dúvidas quanto ao amor do Pai pelo Filho, encontrando abrigo na mente de Cristo e sob a força do desespero e da fome extrema, Ele exerceria o poder miraculoso em Seu próprio favor, libertando-Se das mãos do Pai celeste. Isso, realmente, era uma tentação para Cristo.

Mas Ele não a acalentou por um momento. Não duvidou por um instante sequer do amor do Pai celestial, ainda que enfraquecido por inexprimível angústia. As tentações de Satanás, posto que preparadas com muita perícia, não abalaram a integridade do querido Filho de Deus. Sua confiança repousava em Seu Pai, e não podia ser abalada.

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