Depois que Salomão terminou
a construção do templo, convocou os anciãos de Israel e os mais influentes
dentre o povo, para fazer subir a arca do concerto do Senhor da cidade de Davi.
Esses homens consagraram-se a Deus e, com grande solenidade e reverência,
acompanharam os sacerdotes que conduziam a arca. "Vieram todos os anciãos
de Israel; e os levitas levantaram a arca. E fizeram subir a arca, e a tenda da
congregação, com todos os vasos sagrados, que estavam na tenda: os sacerdotes e
os levitas fizeram subir. Então o rei Salomão, e toda a congregação de Israel,
que se tinha congregado com ele, diante da arca, sacrificaram carneiros, e
bois, que se não podiam contar, nem numerar, por causa da sua multidão."
II Crônicas 5:4-6.
Salomão seguiu o exemplo de
seu pai Davi. A cada seis passos ele sacrificava. Com cânticos e música e com
grande cerimônia, "trouxeram os sacerdotes a arca do concerto do Senhor ao
seu lugar, ao oráculo da casa, à santidade das santidades, até debaixo das asas
dos querubins. Porque os querubins estendiam ambas as asas sobre o lugar da
arca, e os querubins por cima cobriam a arca e os seus varais". II
Crônicas 5:7 e 8.
Um esplêndido santuário fora
construído, de acordo com o modelo mostrado a Moisés no monte e posteriormente
apresentado pelo Senhor a Davi. O santuário terrestre era feito à semelhança do
celestial. Em adição aos querubins na cobertura da arca, Salomão fez dois
outros anjos de tamanho maior, postados em cada lado da arca, representando os
anjos celestiais sempre guardando a lei de Deus. É impossível descrever a
beleza e o esplendor deste tabernáculo. Ali, como no tabernáculo [do deserto],
a sagrada arca foi conduzida em solene e reverente ordem, e colocada no lugar
sob as asas dos dois majestosos querubins em pé sobre o solo.
O sagrado coro uniu suas vozes com toda
espécie de instrumentos musicais, em louvor a Deus. Enquanto as vozes, em
harmonia com os instrumentos musicais, ressoavam através do templo e eram
levadas pelos ares através de Jerusalém, a nuvem da glória de Deus tomava posse
da casa, como outrora havia enchido o tabernáculo. "A casa se encheu duma
nuvem, a saber, a casa do Senhor. E não podiam os sacerdotes ter-se em pé, para
ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do Senhor encheu a casa de
Deus." II Crônicas 5:13 e 14.
O rei Salomão permaneceu sobre uma
plataforma de bronze diante do altar e abençoou o povo. Então, ajoelhou-se e,
com as mãos erguidas, pronunciou uma fervorosa e solene oração a Deus, enquanto
a congregação estava curvada com seu rosto em terra. Depois de Salomão ter
terminado sua oração, um fogo miraculoso veio do Céu e consumiu o
sacrifício.
Por causa dos pecados de Israel, a
calamidade que Deus disse que deveria vir sobre o templo no caso de o Seu povo Separar-se
dEle, cumprir-se-ia algumas centenas de anos depois de ter sido o templo
construído. Deus prometeu a Salomão que, se permanecesse fiel e Seu povo fosse
obediente a todos os Seus mandamentos, o glorioso templo permaneceria para
sempre em todo o seu esplendor, como evidência da prosperidade e das exaltadas
bênçãos que repousavam sobre Israel devido a sua obediência.
O Cativeiro de Israel
Por causa da transgressão de Israel aos
mandamentos de Deus e seus atos ímpios, Deus permitiu que eles fossem levados
em cativeiro, para humilhá-los e puni-los. Antes do templo ser destruído, Deus
fez saber a alguns de Seus fiéis servos o destino do templo, o orgulho de
Israel, por eles referido com idolatria, ao mesmo tempo em que estavam pecando
contra Deus. Também lhes revelou o cativeiro de Israel. Estes homens justos,
exatamente antes da destruição do templo, removeram a sagrada arca que continha
as tábuas de pedra, e com lamento e tristeza esconderam-na numa caverna, onde
devia ficar oculta do povo de Israel por causa de seus pecados, para jamais
ser-lhes restituída. Esta sagrada arca ainda está oculta. Jamais foi perturbada
desde que foi escondida.
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