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terça-feira, 7 de setembro de 2021

Deus e autoridade governamental

 


   "Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por Ele instituídas. "Romanos 13:1


   Nossa época de corrupção política, tumulto e contenda parece contradizer a declaração de Paulo de que as autoridades governamentais “foram instituídas por Deus”. O governo sob o qual Paulo viveu era muito corrupto. A maldade do poder e da opressão entre os dirigentes do Império Romano tinha se alastrado amplamente durante o desenvolvimento da igreja cristã primitiva.

   Como nos sentiríamos se o supremo dirigente da nação em que vivemos tivesse o poder de ordenar a morte de qualquer indivíduo sem que houvesse alguma forma de julgamento? A cabeça de João Batista trazida num prato a Herodias é um testemunho da crueldade e do abuso da autoridade governamental nos dias do Novo Testamento.

   Cláudio César, que reinou diversos anos antes de serem escritas as palavras de nosso texto, é outro exemplo de liderança governamental degradada. Seu domínio maníaco produziu um hediondo reinado de terror. O historiador Will Durant fez uma vívida descrição verbal desse tirano: “No meio de um banquete ele lembrou a seus convidados que poderia matar todos eles onde se achavam reclinados; e enquanto abraçava sua esposa ou amante, dizia alegremente: ‘Esta bela cabeça cairá quando quer que eu der a ordem.’”

   Mesmo em face dessa realidade terrível, o apóstolo Paulo ordenou que os cristãos estivessem sujeitos às autoridades superiores, a despeito de maus atos praticados pelos governantes. Mas esse conceito tem suas restrições. A obediência à lei e à autoridade do governo termina onde começa a Lei de Deus.

   O cristão crê que Deus domina tanto na esfera espiritual como civil. As duas divisões dos Dez Mandamentos expõem a autoridade dessas duas esferas. Que nossos atos demonstrem que somos fiéis servos de Deus e leais cidadãos de nosso país!


Robert Spangler, 29/8/1978

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