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quinta-feira, 3 de março de 2016

51 (História da Redenção) A Segunda Mensagem Angélica - Parte Final



                                         Tempo de Tardança
Quando o ano de 1843 passou inteiramente sem ter sido marcado pelo advento de Jesus, os que pela fé haviam aguardado o Seu aparecimento ficaram por algum tempo envoltos em dúvidas e perplexidade. Não obstante seu desapontamento, muitos continuaram a estudar as Escrituras, examinando de novo as provas de sua fé, e estudando cuidadosamente as profecias para obterem mais luz. O testemunho da Bíblia em apoio de sua posição parecia claro e conclusivo. Sinais que não poderiam ser mal compreendidos apontavam para a vinda de Cristo como estando próxima. Os crentes não podiam explicar seu desapontamento, porém sentiam-se seguros de que Deus os havia guiado na experiência pela qual passaram.
Sua fé foi grandemente fortalecida pela aplicação direta e poderosa das passagens que se referiam a um tempo de tardança. Já em 1842, o Espírito de Deus comoveu a Carlos Fitch a preparar um mapa profético, o que foi geralmente considerado pelos adventistas como o cumprimento da ordem dada pelo profeta Habacuque: "Escreve a visão, torna-a bem legível sobre tábuas." Ninguém, todavia, naquela época notou um tempo de tardança que é apresentado na mesma profecia. Depois do desapontamento o significado pleno dessa passagem tornou-se evidente. Assim falara o profeta: "Escreve a visão, e torna-a bem legível sobre tábuas, para que a possa ler o que correndo passa. Porque a visão é ainda para o tempo determinado, e até ao fim falará, e não mentirá: se tardar, espera-o, porque certamente virá, não tardará." Habacuque. 2:2 e 3.
Os que esperavam se regozijaram, crendo que Aquele que conhece o fim desde o princípio havia olhado através dos séculos e, prevendo-lhes o desapontamento, lhes dera palavras de ânimo e esperança. Não fossem essas porções da Escritura, mostrando que eles estavam no caminho certo, sua fé teria falhado naquela hora de prova.
Na parábola das dez virgens, de Mateus 25, a experiência dos adventistas é ilustrada com os incidentes de um casamento oriental. "Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo." Mateus 25:1. "E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram." Mateus 25:5.
O movimento que se espalhou sob a proclamação da primeira mensagem, correspondeu à saída das virgens, enquanto a passagem do tempo de expectação, o desapontamento e a demora, são representados pela tardança do noivo. Depois que o tempo definido passara, os verdadeiros crentes ainda estavam unidos na crença de que o fim de todas as coisas estava às portas; mas logo tornou-se evidente que eles estavam perdendo, em alguma medida, seu zelo e devoção, e caindo no estado denotado na parábola pelo sono das virgens durante o tempo de tardança.
Por esse tempo começou a aparecer o fanatismo. Alguns, que haviam professado ser zelosos crentes na mensagem, rejeitaram a Palavra de Deus como o único guia infalível e, pretendendo ser guiados pelo Espírito, entregaram-se ao governo de seus próprios sentimentos, impressões e imaginações. Alguns houve que manifestaram um zelo cego e fanático, denunciando todos os que não lhes sancionavam o proceder. Suas idéias e atos fanáticos não encontraram simpatia da grande corporação de adventistas; serviram, no entanto, para acarretar o opróbrio à causa da verdade.

A pregação da primeira mensagem em 1843, e do clamor da meia-noite em 1844, tendia diretamente a reprimir o fanatismo e a dissensão. Os que participaram desses solenes movimentos estavam em harmonia; seus corações estavam cheios de amor, uns para com os outros e para com Jesus, a quem logo esperavam contemplar. Uma só fé, uma só bendita esperança, ergueu-os acima do controle de qualquer influência humana e provou ser uma proteção contra os assaltos de Satanás.

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