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domingo, 21 de fevereiro de 2016

46 (História da Redenção) Lutero e a Grande Reforma Parte Final


                                   
                                  Lutero Rompe com Roma
Roma estava empenhada na destruição de Lutero, mas Deus era a sua defesa. Suas doutrinas eram ouvidas em toda parte - nas cabanas e nos conventos, nos castelos de nobres, nas universidades e nos palácios dos reis; e homens nobres surgiam por toda parte para amparar-lhe os esforços.
Num apelo ao imperador e à nobreza da Alemanha, em favor da Reforma do cristianismo, Lutero escreveu relativamente ao papa: "É horrível contemplar o homem que se intitula vigário de Cristo, a ostentar uma magnificência que nenhum imperador pode igualar. É isso ser semelhante ao pobre Jesus, ou o humilde Pedro? Ele é, dizem, o senhor do mundo! Mas Cristo, cujo vigário ele se jacta de ser, disse: "Meu reino não é deste mundo." Podem os domínios de um vigário estender-se além dos de seu superior?"
Assim escreveu ele acerca das universidades: "Receio muito que as universidades se revelem grandes portas do inferno, a menos que diligentemente trabalhem para explicar as Santas Escrituras, e gravá-las no coração dos jovens. Não aconselho ninguém a pôr seu filho onde as Escrituras não reinem supremas. Toda instituição em que os homens não se achem incessantemente ocupados com a Palavra de Deus, tem de tornar-se corrupta."
Este apelo circulou rapidamente por toda a Alemanha e exerceu poderosa influência sobre o povo. A nação toda foi convocada a reunir-se ao redor do estandarte da Reforma. Os oponentes de Lutero, ardentes no desejo de vingança, insistiam em que o papa tomasse medidas decisivas contra ele. Decretou-se que suas doutrinas fossem imediatamente condenadas. Sessenta dias foram concedidos ao reformador e a seus adeptos, findos os quais, se não renunciassem, deveriam todos ser excomungados.
Quando a bula papal chegou a Lutero, disse ele: "Desprezo-a e ataco-a como ímpia, falsa. ... É o próprio Cristo que nela é condenado. ... Regozijo-me por ter de suportar tais males pela melhor das causas. Sinto já maior liberdade em meu coração; pois finalmente sei que o papa é o anticristo, e que o seu trono é o do próprio Satanás."

Todavia, a palavra do pontífice ainda tinha poder. Prisão, tortura e espada eram armas potentes para forçar à obediência. Tudo parecia indicar que a obra do reformador estava a ponto de terminar. Os fracos e supersticiosos tremiam perante o decreto do papa; e, conquanto houvesse simpatia geral por Lutero, muitos sentiam que a vida era por demais preciosa para que fosse arriscada na causa da Reforma.

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