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domingo, 14 de fevereiro de 2016

43 (História da Redenção) A Grande Apostasia - Primeira parte





Quando Jesus revelou a Seus discípulos a sorte de Jerusalém e as cenas do segundo advento, predisse também a experiência de Seu povo desde o tempo em que deveria ser tirado dentre eles até a Sua volta em poder e glória para a sua libertação. Do Monte das Oliveiras o Salvador contemplou as tempestades prestes a desabar sobre a igreja apostólica; e penetrando mais profundamente no futuro, Seus olhos divisaram as terríveis e devastadoras tormentas que se haviam de abater sobre Seus seguidores nos vindouros séculos de trevas e perseguição. Em poucas e breves declarações de tremendo significado, predisse o que os governadores deste mundo haveriam de impor à igreja de Deus. Os seguidores de Cristo deveriam trilhar a mesma senda de humilhação, ignomínia e sofrimento que seu Mestre palmilhara. A inimizade que irrompera contra o Redentor do mundo, manifestar-se-ia contra todos os que cressem em Seu nome.
A história da igreja primitiva testificou do cumprimento das palavras do Salvador. Os poderes da Terra e do inferno arregimentaram-se contra Cristo na pessoa de Seus seguidores. O paganismo previa que se o evangelho triunfasse, seus templos e altares desapareceriam; portanto, convocou suas forças para destruir o cristianismo. Acenderam-se os fogos da perseguição. Os cristãos eram despojados de suas possessões e expulsos de suas casas. Suportaram "grande combate de aflições". Hebreus 10:32. Eles "experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e prisões". Hebreus 11:36. Grande número deles selaram seu testemunho com o próprio sangue. Nobres e escravos, ricos e pobres, doutos e ignorantes, foram de igual modo mortos sem misericórdia.
Nulos foram os esforços de Satanás para destruir pela violência a igreja de Cristo. O grande conflito em que os discípulos de Jesus rendiam a vida, não cessava quando estes fiéis porta-estandartes tombavam em seus postos. Com a derrota, venciam. Os obreiros de Deus eram mortos, mas a Sua obra ia avante com firmeza. O evangelho continuava a espalhar-se, e o número de seus aderentes a aumentar. Penetrou em regiões que eram inacessíveis, mesmo às águias romanas. Disse um cristão, contendendo com os governadores pagãos que estavam a impulsionar a perseguição: Podeis "matar-nos, torturar-nos; condenar-nos. ... Vossa injustiça é prova de que somos inocentes. ... Tampouco vossa crueldade ... vos aproveitará". Isto não foi senão um convite mais forte para se trazerem outros à mesma persuasão. "Quanto mais somos ceifados por vós, tanto mais crescemos em número; o sangue dos cristãos é semente."
Milhares eram aprisionados e mortos, mas outros surgiam para ocupar as vagas. E os que eram martirizados por sua fé tornavam-se aquisição de Cristo, por Ele tidos na conta de vencedores. Eles combateram o bom combate, e devem receber a coroa de glória quando Cristo vier. Os sofrimentos que suportavam levavam os cristãos mais perto uns dos outros e de Seu Redentor. Seu exemplo em vida e testemunho ao morrer eram constante atestado à verdade; e, onde menos se esperava, os súditos de Satanás estavam deixando o seu serviço e alistando-se sob a bandeira de Cristo.



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